Tudo começa um vídeo de alguns segundos e quando olhamos para o relógio, aqueles cinco minutos que pensávamos passar no feed do TikTok transformaram-se em meia-hora. Pelo meio, fomos bombardeados por recomendações de produtos de maquilhagem, peças de roupa das mais variadas marcas e sugestões de gadgets que, muitas vezes, não sabemos onde comprar.
A incerteza acabou: a plataforma lançou uma funcionalidade que permite aos utilizadores comprarem produtos diretamente a marcas e criadores. Se clicar nos links que acompanham os vídeos, a transmissão de direitos ou as páginas de produtos, será reencaminhado diretamente para o artigo sem sair da aplicação.
Por enquanto, a novidade ainda só está disponível nos EUA, no Reino Unido, e em alguns países asiáticos — como a Tailândia, as Filipinas e a Singapura —, mas deverá chegar em breve a outras partes do mundo, incluindo a Portugal.
“Nenhuma rede social conseguiu realmente dominar o comércio eletrónico nos EUA”, afirma Jasmine Enberg, analista de redes sociais na “Insider Intelligence”, aqui citada pela Associated Press. Apesar dos objetivos ambiciosos, “a TikTok Shop é um investimento que ainda não deu provas, e vai ser mais difícil de vender a marcas bem estabelecidas”.
Por um lado, há várias marcas de renome a aderirem à plataforma, como a Benefit Cosmetics, por exemplo. Porém, a funcionalidade está também a ser alvo de muitas críticas devido a notícias de que os utilizadores estão a encontrar produtos de origem duvidosa na loja online da plataforma.
Lançada oficialmente em agosto de 2018, a plataforma tornou-se um fenómeno global com milhões de utilizadores. Atualmente, a empresa mãe do TikTok, a Bytedance, está avaliada em 220 mil milhões de euros.