A icónica loja da Viúva Lamego no Largo do Intendente, em Lisboa, vai encerrar no final de abril. O espaço com 172 anos começou por ser uma oficina de olaria montada por António da Costa Lamego em 1849. O jovem empreendedor morreu 27 anos depois, altura em que a sua mulher assumiu a gestão da empresa — dando, assim, origem ao nome por que é conhecida hoje.
Este edifício que serviu a primeira fábrica da Viúva Lamego acabou por ser mais tarde parcialmente ocupado pela loja e tem a fachada revestida de azulejos da famosa fábrica portuguesa desde 1965. No interior, as paredes brancas ajudam a destacar os desenhos de Almada Negreiros e de Maria Keil, os padrões mudéjares e as peças originais da marca.
Esta quinta-feira, 8 de abril, a empresa anunciou que a loja vai encerrar no final deste mês. Gonçalo Conceição, atual diretor-geral da Viúva Lamego, disse que a decisão foi “muito ponderada” e resulta do contexto atual de pandemia. Agora, os responsáveis vão reforçar o investimento nos canais digitais e continuar a apostar em colaborações com artistas nacionais e internacionais.
Entretanto, a marca continuará a produzir na fábrica-atelier da Abrunheira, onde mantém o showroom aberto ao público enquanto prepara o lançamento de uma loja online.