Moda

Esquivel Jewellery: a marca portuguesa que cria joias minimalistas e personalizáveis

A criadora inspira-se em monumentos famosos para esculpir peças únicas em prata e ouro, a que pode dar o seu cunho pessoal.
Não tem género.

Tudo começou como um hobby para Sofia Esquivel. As peças de joalharia que criava no seu quarto foram-se espalhando entre amigos até, sem menos esperar, começou a ser abordada por desconhecidos que queriam saber tudo sobre os acessórios que usava. “Lembro-me de estar em Londres a pedir um café e a pessoa que me atendeu disse que gostava dos meus brincos e perguntou onde os tinha comprado”, conta a empreendedora de 34 anos à NiT. Quando o ano começou, o negócio passou do seu círculo de amigos e conhecidos para um público mais vasto. O início do verão foi, no entanto, a altura em que a responsável começou a divulgar verdadeiramente a marca.

Na capital inglesa frequentava um atelier com outros artistas, onde criavam esculturas interativas, além de diversos projetos artísticos. É licenciada em arquitetura, cenografia e tirou um curso de ourivesaria. Estas vertentes diferentes estão perfeitamente representadas na Esquivel Jewellery. “Sempre me senti muito inspirada pela arquitetura. Sabia que podia usar essa inspiração e essas referências noutro mundo. Quando comecei a fazer artigos à mão, encontrei o equilíbrio perfeito entre estas paixões.”

O processo é bastante semelhante ao do design de edifícios e estruturas, com desenho à mão levantada, maquetes, modelagem 3D e protótipos, antes do produto final ser entregue ao cliente. As diferentes fases fazem com que Sofia passe, muitas vezes, três dias a criar um único acessório. “Cada peça é inspirada num marco diferente, ou num estilo arquitetónico específico.” Inspira-se na luz e nas formas, e trabalha muito as linhas, aplicando sempre um contraste de texturas. “Umas faces são polidas, e outras são mais riscadas”, descreve. Unindo novamente ambas as paixões, explica que, também na sua marca, “o ponto de partida é a escala do corpo humano”.

A etiqueta prima pelas edições limitadas de propostas exclusivas feitas de prata e ouro. A produção é feita inteiramente em Portugal. Porém, também é possível oferecer aos clientes criações únicas e exclusivas, porque os brincos, colares e outros acessórios são personalizáveis.

Esta liberdade acaba por dar vida a histórias tão fofas como divertidas. “Um dos artigos da nova coleção foi criado a pensar no Panteão de Roma. Fi-lo para o casamento de um casal de amigos, porque foi lá que ele fez o pedido.” Partilhou a fotografia no Instagram e choveram pedidos para que se tornasse em algo disponível a todos os outros clientes. “Pode vir a trazer alguns frutos”, brinca a artista.

A mais recente aposta da Esquivel Jewellery é o colar Avilla, disponibilizado há cerca de um mês. A peça, feita igualmente a pedido para um cliente, encontrou muito sucesso nas redes sociais. Apesar desta novidade, os anéis Haus ABC são a criação favorita. São “inspirados na assinatura minimal das coberturas dos edifícios do [arquiteto] Aires Mateus.” Tratam-se de três anéis, cada um deles com um design diferente. “São modulares. Dependendo da combinação que se faça, fica sempre com uma composição diferente, com uma paisagem e cidade únicas.” O processo criativo é impulsionado pelas cores diferentes que apresentam: dourado e prateado.

Sendo uma marca de slow fashion do século XXI, preza pela responsabilidade social. Nas embalagens são utilizados maioritariamente materiais produzidos com papel reciclado e resíduos alimentares, e é a própria responsável que as monta. Outra das questões acarinhadas pela marca é a igualdade entre homens e mulheres, tendo criado uma insígnia livre de género. Todos podem usar aqueles acessórios. O ator Nuno Nolasco, por exemplo, caminhou pela passadeira vermelha dos prémios Sophia com uma criação personalizada da marca. Carregue na galeria e descubra algumas das criações da Esquivel Jewellerys e respetivos preços. Pode consultar a restante coleção no site.

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