Entrou no Coliseu dos Recreios como se estivesse a desfilar uma peça das coleções de alta costura da Valentino. E bem podia ser. Seja pela confiança ou pelo vestido megalómano, Carolina Patrocínio voltou a mostrar que o bom gosto é uma das razões pelas quais se tornou uma das portuguesas mais influentes do País.
Na cerimónia dos Globos de Ouro, que aconteceu este domingo, 1 de outubro, a apresentadora de 36 anos voltou a apostar num visual dramático. Por isso é que a paleta de cores neutra, mas contrastante, em tons de preto e branco, cria o equilíbrio com todo o volume do desenho.
O jogo com as proporções tornou-se claro quando a enorme cauda branca, com um laço maxi anexado, começou a desfilar pela passadeira vermelha. Alguns detalhes semelhantes, lá está, ao Valentino que Jennifer Lopez usou nos Golden Globes de 2020 — mas bem mais consensual.
Olhando para o look de frente, já predomina o preto e destaca-se a silhueta de sereia, mais clássica, que desenha as curvas de Carolina Patrocínio. Na zona do decote, mais quadrado, nota-se ainda que a peça nasce de duas camadas. Ou, pelo menos, cria-se essa ilusão.
A peça tem assinatura de Elsa Barreto. De facto, dos traços hiperfemininos aos detalhes mais conceptuais, representa tudo aquilo que escreve a insígnia nacional, criada em Braga. Caso não se recorde, foi a mesma designer responsável pelo look de Carolina Patrocínio na edição do ano passado da premiação.
Com tanto dramatismo, ainda houve oportunidade para reparar no styling de Gonçalo Mello. Mais especificamente, o colar de serpente, da Bvlgari, que contorna o pescoço da apresentadora. O mote continua nas joias que adoram os dedos, mais uma vez inspirados no réptil.
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