Gabriella Taffin de Givenchy e Ugo de Mallmann conheceram-se numa festa em Nova Iorque. Ele estava de passagem e ela tinha acabado de se mudar para a cidade nesse mesmo dia. Aliás, até foi por isso que quase não saiu de casa — talvez fosse melhor ficar a desfazer as malas. “Felizmente, adiei as responsabilidades e fui à festa, onde o Ugo e eu passámos a noite inteira a falar”, conta à “Vogue“. “Quando me fui embora, não tinha a certeza se alguma vez nos íamos ver outra vez.”
Mantiveram-se em contacto e começaram a namorar. Eventualmente, ele acabou por organizar uma escapadinha de fim de semana. “Cheguei ao aeroporto sem fazer ideia de onde íamos e levei na mala uma combinação interessante de óculos de ski e biquínis”, recorda a herdeira da casa de luxo francesa, Givenchy.
“Assim que chegámos à porta de embarque, percebi que íamos para a República Dominicana e fiquei muito entusiasmada, porque nunca tinha lá estado.” Foi logo na primeira noite da viagem que Ugo a pediu em casamento.
Gabriella Taffin de Givenchy estás prestes a lançar a sua primeira coleção de joalharia. Licenciou-se em gemologia durante o confinamento e o casamento aconteceu este verão. Ugo de Mallmann é comerciante de petróleo.
Depois de ficarem noivos, tiveram de adiar a data do casamento duas vezes por causa da pandemia. Inicialmente estava marcado para 2020, depois passou para junho de 2021. A cerimónia acabou por acontecer em agosto deste ano na ilha italiana de Capri. “Apesar de não ter sido o casamento que imaginámos inicialmente, foi mesmo especial ter lá apenas os nossos amigos e família próximos”, conta Gabriella. “Demos ainda mais valor a todos poderem vir, depois de tanto tempo separados.”
Para organizar a cerimónia, contaram com Diana Sorensen, da Sugokuii Events. Foi ela quem sugeriu que usassem carts da Carelli, usados tipicamente para transportar bagagem nas ruas sinuosas de Capri, e convertê-los para poderem transportar os convidados, que acabaram por experienciar zonas da ilha que são, por norma, de difícil acesso.
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Ainda que o planeamento do evento tenha sido desafiante, a escolha do vestido não podia ser mais fácil. “Desde que me lembro, sempre me imaginei a usar Givenchy no dia do meu casamento”, conta. “Eu sei que isto é o que o meu tio-avô Hubert quereria e sinto-me muito emocionada por o honrar desta forma. Adorei o processo de trabalhar com a Marjorie Andres, a diretora de alta costura, e o resto da equipa da Givenchy no meu vestido, pois contava com costureiros que trabalharam com o meu tio há todos aqueles anos.”
Era importante para a joalheira ter um vestido que representasse o seu estilo pessoal e que encaixasse com a estética da ilha. “Com isto em mente, partilhei os mood boards e imagens de inspiração com a equipa da Givenchy e eles perceberam a essência do que eu queria e tornaram-na em algo único”, diz. A criação final era um vestido romântico, com flores de renda, um decote coração e alças caicai. A maquilhagem foi natural e as joias escolhidas limitaram-se a dois brincos com pendentes de safiras azuis.
A cerimónia decorreu em Belvedere della Migliara, onde são organizados concertos ao ar livre no verão. A noiva percorreu o relvado coberto de gipsófilas ao som de “Claire de Lune”, de Debussy, de braço dado com o pai. Gabriella e Ugo leram os votos escritos por eles, trocaram alianças da Taffin (oferecidas pelo tio dela, James Taffin de Givenchy) e deram o primeiro beijo como marido e mulher.
Saíram os dois da cerimónia num Fiat Spiaggina vintage para ir beber um copo ao Bar Grotta Azzura, em Anacapri, antes de se voltarem a reencontrar com os convidados para a festa. “Ter este momento íntimo em casal foi uma das minhas partes favoritas do fim de semana, porque pudemos absorver todo o amor e entusiasmo que tínhamos acabado de receber”, recorda.
Seguiu-se um cocktail no hotel Caesar Augustus e, quando o sol se pôs, foram para o restaurante e clube de praia Lido del Faro. Os faróis iluminavam o caminho pelas rochas até uma mesa longa que a madrasta de Gabriella, Zoë, havia preparado com pratos da sua linha, Z.d.G.
“Ela capturou perfeitamente a vibração do local e fez com que o jantar fosse ainda mais especial, por ter estas peças exclusivas que vamos poder ter para o resto das nossas vidas.” Depois do jantar, serviram o bolo, um mil-folhas de 90 centímetros com morangos selvagens. “Foi uma das coisas mais deliciosas que já provei”, contou Gabriella. “Ainda estou triste por não ter comido mais.”