A irreverência é mote do dress code que todos cumprem na ModaLisboa. Dos desfiles aos looks dos visitantes, reina a criatividade e as opções arrojadas. A iniciativa decorreu este fim de semana, entre os dias 10 e 12 de março, na Lisboa Social Mitra, em Marvila, onde não faltaram visuais que foram do peculiar ao glamoroso. Ainda assim, o evento de moda que decorre na capital é uma das melhores formas de prever tendências.

Nesta 60.ª edição as transparências foram, sem dúvida, o destaque. A NiT já tinha falado sobre os vestidos transparentes estarem a invadir lentamente as ruas nos últimos anos. E, durante estes três dias, tivemos a confirmação de que a pele vai continuar visível em todo o tipo de propostas.

Uma das primeiras provas foi, claro, o street style. Por mais propostas que os designers de moda criem, só estamos perante uma tendência quando esta se torna a palavra de ordem nas ruas. Sem medo de arriscar, muitos dos visitantes apostaram na sensualidade. Algumas de forma mais indiscreta — com os mamilos em destaque —, outros com roupa interior por baixo.

Nas passarelas, o padrão começou a desenhar-se logo no primeiro dia. A vencedora do concurso Sangue Novo, que arrancou as hostilidades da semana da moda, Inês Barreto, conquistou o prémio com peças que não deixaram nada escondido. A jovem de 22 anos apostou no latex para criar peças com um efeito plástico, com as modelos a assumirem o corpo.

Entre os veteranos, a utilização de tecidos sheer continuou. Nas coleções de Nuno Baltazar e de Valentim Quaresma, reinaram as peças pretas, enquanto Dino Alves preferiu a cor. Já em Gonçalo Peixoto, que prima pela ousadia das suas criações, a pele destacou-se através dos tecidos rendados.

Durante a apresentação de Filipe Augusto, com propostas apenas masculinas, ficou provado que as peças transparentes não são apenas um sucesso entre as mulheres. O tecido surgiu na forma de blusas e calças. Em dezenas de desfiles, foram poucos os que não tiveram um apontamento semelhante, por mais ligeiro que fosse.

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