Mary McFadden, a impulsionadora dos vestidos plissados e brilhantes, morreu aos 85 anos, devido a um mieloma displásico. A notícia foi avançada pela família este sábado, 14 de setembro, que confirmou que a designer morreu em casa, em Southampton, Nova Iorque.
A artista norte-americana ficou conhecida pelos designs de silhuetas inovadoras, inspiradas nas viagens que fazia pelo mundo. Porém, os mais significativos eram os modelos plissados que caíam pelo corpo da mulher “como ouro líquido”, fazendo lembrar o estilo dos anos 1920.
A sua imagem de marca, que a tornou reconhecida por todos, era a maquilhagem branca estilo Kabuki que lhe cobria toda a cara, conjugado com o cabelo preto cortado muito rente. Este estilo refletia, mais uma vez, a adoração da designer pelos países da Ásia e das culturas antigas. A artista pegava nos símbolos dessas localidades e, além de os adotar, transformava-os em bordados, missangas e pinturas que adicionava aos vestidos que desenhava.
Em 1972 fundou a empresa Mary McFadden Inc., que geriu até 2002, onde criava vestidos com um tecido específico, uma charmeuse sintética, que comprou na Austrália, tingiu no Japão e passou a máquina nos Estados Unidos. O material foi patenteado por McFadden em 1975, que lhe chamou Marii.
McFadden foi a primeira mulher presidente do Council of Fashion Designers of America, de 1982 a 1983. Anos antes, de 1968 a 1970, foi editora da Vogue Paris.
Em 2009, os desenhos de McFadden foram expostos no National Museum of Women in the Arts, em Washington, bem como nas galerias do Moore College of Art & Design, em Filadélfia, e do Massachusetts College of Art and Design, em Boston. Agora o seu trabalho pode ser admirado na exposição “Modern Ritual: The Art of Mary McFadden” na Drexel University, em Filadélfia.