O vestido preto é um clássico atemporal que se confunde com a história da moda. Hoje faz parte do guarda-roupa da maioria das mulheres, graças à visão de Coco Chanel. Nos anos 20, a designer francesa decidiu que la petite robe noire, até então usada quase exclusivamente como um traje de luto, deveria ter um lugar de destaque no guarda-roupa feminino. Afinal, o little black dress — expressão cunhada por Chanel que originou o acrónimo LBD e que remete para little black frock (descrição usada por Henry James em “As Asas da Pomba” de 1902) — era uma peça tão versátil que poderia ser usada em diversas ocasiões.
O modelo desenhado pela francesa, com mangas compridas e decote redondo, foi apelidado como “The Ford”, pela revista “Vogue”. Ou seja, tão simples e democrático como o famoso veículo criado por Henry Ford. Ganhou tal popularidade que todas as marcas criaram a própria versão, recorrendo a silhuetas e materiais muito distintos. Tornou-se “uma espécie de uniforme para todas as mulheres de bom gosto”, uma afirmação que permanece tão atual como em 1926, há praticamente um século, quando surgiu na revista.
Ao longo dos anos a tendência foi sendo adaptada ao zeitgeist de cada época e, como não podia deixar de ser, chegou aos catálogos das marcas de fast fashion. Hoje em dia todas as etiquetas low cost incluem vestidos pretos nas suas coleções, e há propostas para todos os gostos. Uma das mais vendidas dos últimos meses está na Primark, revela a edição espanhola da revista “Elle”.
O modelo midi, com mangas a três quartos, conta com uma gola redonda. O design, aparentemente simples, inclui um pormenor engenhoso na zona da cintura — sem dúvida, um dos motivos que o tornou um bestseller em Espanha. Trata-se de um pequeno laço que ajuda a criar um efeito drapeado, realçando a zona mais estreita do tronco.
A zona da saia apresenta também uma abertura discreta que lhe confere ainda mais versatilidade. Devido à bainha ampla, o vestido tanto pode ser usado com uns sapatos de saltos altos, com umas sapatilhas ou como umas botas de cano alto.
Trata-se de uma proposta da linha de The Edit, o segmento premium da etiqueta irlandesa com básicos intemporais, que primam pelo conforto, estilo discreto e materiais de qualidade. O objetivo da low cost é oferecer “peças de investimento sem preços escandalosos”.
O vestido custa 24€ nas lojas físicas da Primark (a marca não vende online). Está disponível em sete tamanhos, que vão do 32/34 ao 50/52.
Carregue na galeria para conhecer uma seleção de carteiras de alça curta — uma das tendências de 2024 —, com preços a partir de 14,50€.