Quando se trata da série “Emily in Paris”, ninguém fica indiferente à vasta coleção de visuais arrojados da protagonista. Com a estreia da terceira temporada da produção da Netflix, a 21 de dezembro, os novos figurinos que surgiram no ecrã continuaram a causar reações forte. Tanto somam elogios do público como são um objeto de troça. A verdade é que, por mais inusitadas que algumas roupas pareçam, a maior parte está à venda — embora ultrapassem o orçamento da maior parte das pessoas, incluindo alguém com a mesma profissão da personagem.
Não é segredo que, à semelhança da icónica Carrie Bradshaw, de “O Sexo e a Cidade”, Emily Cooper não resiste marcas de luxo. Por isso, o seu guarda-roupa para o novo volume continua repleto de etiquetas como Isabel Marant ou Paco Rabanne. Pelo meio, também há propostas de criadores emergentes, com valores que não são muito mais amigáveis. “Quando crio um look, procuro usar uma marca conhecida, uma peça vintage, itens acessíveis e designers jovens em um único outfit”, revelou à NiT Marilyn Fitoussi, designer dos figurinos da série.
Ao todo, o novo volume conta com dez episódios e, para encarnar a ambiciosa marketeer, a atriz Lily Collins muda de roupa inúmeras vezes. Dos vestidos megalómanos aos casacos mais casuais, passando pelos acessórios, não é fácil manter a conta dos novos outfits da personagem. Ainda assim, a NiT procurou alguns dos looks mais icónicos da temporada que estão à venda para perceber a forma como as despesas da jovem desafiam qualquer noção de realidade.
Escolhidos e somados 11 dos visuais que vão ficar na memória dos fãs, o valor total ultrapassa os 13 mil euros. É importante acrescentar que, em todos os coordenados, há várias peças que não estão disponíveis (e que seriam bastante dispendiosas). E as promoções estão longe de ser uma forma fiável para a personagem conseguir o seu guarda-roupa de sonho. Uma semana de looks na vida de Emily equivalem, aproximadamente, ao salário anual da maior parte dos portugueses.
Na mesma conversa, a designer da série sublinhou que a produção não procura criar um retrato fidedigno do mundo real. “Não me preocupo com a realidade. ‘Emily in Paris’ veio para dizer que podemos ter total liberdade para fugir das regras sobre o que é considerado moda ou não”, acrescentou. Isso explica que uma jovem acabada de chegar a uma nova cidade, em início de carreira, se possa dar ao luxo de não repetir outfits sem descartar a aparência sofisticada com que surge todos os dias nas ruas de Paris. E a conclusão é que “Emily in Paris” é um mundo à parte, onde todos gostaríamos de viver.
Se está curiosa para saber onde pode encontrar alguns dos looks da personagem, carregue na galeria e veja várias peças que apareceram no ecrã e os seus respetivos custos.