Moda

Os casacos azul cobalto vão ser os companheiros que dão energia aos dias de outono

O streetwear foi a principal influência para a propagação da cor no mundo dos agasalhos. Os modelos vão deixar de ser tão sóbrios.
Ninguém fica indiferente à cor.

A cor do momento não é o azul cerúleo, o mítico tom imortalizado um dos diálogos mais conhecidos dos fashionistas de todo o mundo, no filme “O Diabo Veste Prada”. No entanto, a pigmentação que vai continuar a colorir os nossos casacos durante os dias mais frios está lá perto e, muito provavelmente, até teria a aprovação de Meryl Streep. Estamos a falar do azul cobalto, cujas origens são bastante primitivas, mas o uso estratégico na moda continua a ser muito eficaz. O seu impacto no mundo da moda tem sido tão forte que a vai levar a colocar os sobretudos pretos de lado.

Ao contrário de certas tonalidades que ganham afirmação nas passarelas, este exemplo tem surgido sobretudo no mundo do streetwear. Ainda assim, foi visto nos desfiles de insígnias conhecidas, como Christian Siriano e David Koma. Apesar das acusações frequentes sobre o seu comportamento problemático, Kanye West tem sido uma das pessoas que mais tem influenciado ao uso da cor, sobretudo com peças da sua marca Yeezy. Outras etiquetas no mundo da moda mais desportiva, como Laquan Smith ou Louis Vuitton, têm transportado a cor para as suas peças de roupa que, por sua vez, são adotadas no street style.

Aos poucos, peças mais clássicas — como os blazers — também começam a aparecer nos escaparates das lojas. Apesar de se encontrarem em polos opostos, o gosto mais urbano e a moda mais polida cruzam-se com bastante frequência, por vezes de forma improvável. Por isso, não é estranho quando um dos segmentos da moda se inspira num fenómeno que começou numa esfera distinta.

Os primeiros registos desta cor surgiu nos séculos XII e XIX, muito antes destes designers inspirarem as ruas roupas no pigmento. O azul cobalto começou a ser usado nas cerâmicas e nas peças de joalharia da época, nomeadamente na China, por necessidade. Foi uma alternativa ao pigmento mais valorizado na época, o chamado azul ultramarino, feito a partir da pedra semipreciosa lápis-lazuli. Originária do afeganistão, a matéria-prima era muito cara e bastante escassa.

Vivemos numa altura em que o uso de uma cor não está associado a um certo estatuto social. Estão, por outro lado, ligadas à energia que transmitem a quem as encara. Assim, torna-se impossível não apreciar o valor revigorante e elétrico do cobalto, uma variação do azul que vem pintar (e dar uma nova vida) às peças do nosso guarda-roupa que normalmente estão associados a dias cinzentos.

A NiT reuniu uma seleção de casacos azul cobalto para todos os gostos. Carregue na galeria para descobrir modelos de várias marcas e preços e escolha aqueles com que mais se identifica.

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