Os clássicos nunca morrem. Mesmo que muitas noivas queiram fugir ao esperado com cerimónias fora do convencional, há elementos que resistem ao tempo — como o véu. Apesar de algumas mulheres preferirem capas fluídas, há quem continue fiel à tradição, com um toque mais arrojado.
O uso do acessório na cabeça, em tule, remonta à Grécia e Roma antigas, quando o véu era símbolo de pureza. No entanto, foi a Rainha Vitória que, em 1680, lhe deu uma nova leitura ao casar com o Príncipe Albert com um modelo longo e rendado a acompanhar o vestido branco. Desde então, tornou-se um ícone de tradição, luxo e romantismo — e continua a marcar presença na maioria das celebrações.
Nos próximos meses, os véus devem manter-se em destaque, mas tudo indica que serão tudo menos discretos. As últimas semanas da moda nupcial, com desfiles em cidades como Londres, Nova Iorque e Barcelona, mostraram que as tendências estão a afastar-se dos acessórios mais comuns.
As marcas apostam cada vez mais em modelos personalizados, com detalhes que colocam os véus no centro do look. Tal como nas passadeiras vermelhas, a ideia é adicionar dramatismo ao visual com peças longas, fluidas ou com bordados elaborados.
As caudas também ganham protagonismo. Algumas são compostas por várias camadas, outras drapeadas, mas todas partilham o mesmo objetivo: impressionar. Há versões em tule, renda ou fita, com aplicações florais bordadas à mão, missangas, cristais e pérolas.
Para quem gosta de véus compridos, há dois tamanhos principais: o comprimento catedral, com mais de 273 centímetros; e o real, com mais de 304 centímetros, usado por princesas. Estes modelos são ideais para casamentos formais e vestidos mais clássicos ou de corte sereia.
Além do tamanho, o tecido, o formato e os detalhes também fazem a diferença. O mais recente Relatório Anual de Tendências de Casamento do Pinterest revelou um aumento de 640 por cento nas pesquisas por mantilhas.
Os véus com inspiração espanhola, de duas camadas de renda e tecidos leves que moldam o rosto, estão entre os favoritos. Os especialistas sugerem combiná-los com vestidos românticos e acessórios simples.
Outro modelo em destaque é o véu gaiola, popular nos anos 40 e 50, que voltou a surgir nos anos 2010 e está agora novamente na moda. Este modelo surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando a escassez de tecidos levou à criação de versões mais curtas, apenas para cobrir o rosto.
Também os véus à altura das mãos, típicos dos anos 90, regressam com uma estética mais retro. Discretos, mas elegantes, adaptam-se a visuais fluidos ou mais estruturados. Muitos são combinados com bordados personalizados — com as iniciais do casal ou detalhes como renda e pérolas — para um toque mais especial.
Outra grande aposta são os bordados ao longo do tule, com relevo em flores 3D ou até cores vivas, que criam profundidade e romantismo no conjunto.
O véu pode não ser a primeira preocupação na escolha do visual, mas é, sem dúvida, um detalhe que pode transformar todo o estilo da noiva.
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