Moda

Plataformas de cortiça: o regresso que ninguém pediu, mas toda a gente vai usar

Esta estação pode esquecer os saltos desconfortáveis. As alternativas que estão a invadir as ruas são bem mais amigas dos pés.
Marcaram o desfile da Chloé.

A moda é um eterno ciclo de renovação e reinvenção. Esta afirmação ganha outro significado quando pensamos naquelas tendências às quais gostaríamos de nunca ter aderido. Pode ter sido há cinco, dez ou 20 anos, mas todos vestimos e calçámos coisas que hoje nos parecem absurdas (ou simplesmente desafiantes — sim, como aquelas plataformas com 10 centímetros).

Roupas, acessórios e estilos de décadas mais ou menos distantes ressurgem de maneira atualizada e adaptada ao contexto contemporâneo, provando que os elementos do passado podem sempre ser reinventados e trazidos de volta à tona. Se costuma acompanhar as tendências através dos feeds das redes sociais, provavelmente já sabe qual é o modelo que vai ser um sucesso nos próximos meses. Tudo graças a uma imagem captada no desfile da Chloé de quinta-feira passada (29 de fevereiro), na Semana da Moda de Paris.

Como é habitual, a primeira fila estava repleta de convidados VIP. Porém, o alinhamento de celebridades tinha uma característica (quase) inédita: estavam praticamente calçadas de igual. Liya Kebede, Sienna Miller, Kiernan Shipka, Georgia May Jagger, Pat Cleveland, Anna Cleveland, Anne Watanabe, Suzy Bemba, Manon Bresch, Clémence Poésy, Alice Isaaz, Kathryn Newton, Thomasin McKenzie, Marisa Abela, Eva Danino e Lou Lampros — todas tinham umas sandálias plataforma da Chloé.

O novo modelo, criado por Chemena Kamali, que apresentou a sua primeira coleção à frente da marca. A designer alemã, que começou a carreira a trabalhar como estagiária na empresa, há mais de 20 anos, foi convidada para substituir Gabriela Hearst (que ocupou o cargo até setembro de 2023). 

As propostas para o inverno deste ano apresentadas por Kamali foram descritas pela imprensa especializada como “um regresso às origens” da insígnia francesa fundada em 1952, por Gaby Aghion. A designer inspirou-se na década de 1970 e as sandálias de plataforma que estiveram “em exposição” na primeira fila são um bom exemplo disso mesmo.

O modelo chama-se Maxime, adiantou a marca, embora ainda não tenha revelado o preço, nem quando chegará ao mercado. Uma coisa é certa: vão invadir as lojas nos próximos meses. E, sim, é uma espécie de déjà vu. Provavelmente, ainda tem umas Fly London com vertiginosos saltos cunha, que andaram nos pés de toda a gente entre os anos 2000 e 2010, “perdidas” no armário.

Os modelos em cortiça da marca portuguesa foram uma autêntica febre. A etiqueta continua a existir e, claro, a produzir modelos originais — mas também variações do bestseller, como as T-Strap com solas de cortiça (Gold Rush, 145€ ou Luxor Black, 115€).

Se acabou por se desfazer das suas sandálias com sola de cortiça — ou gostaria de ter um dos modelos mais cobiçados da primeira década do século XXI, pode sempre pesquisar em plataformas de venda de artigos em segunda-mão, como a Vinted, a Big Closet ou a OLX (onde poderá encontrar modelos entre os 7 e os 35€, por exemplo).

Carregue na galeria para ver uma seleção de carteiras de alça curta (outra das tendências que vai marcas os próximos meses), a partir de 14,50€.

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