Cinema

Arruinado pelo vírus e pelo divórcio, a vida luxuosa de De Niro chegou ao fim

O ator de 76 anos perdeu todos os seus rendimentos e poderá ter de mudar drasticamente de vida. O cinema será a única salvação.
Robert De Niro tem 76 anos.

Ninguém podia prever que uma pandemia fosse parar o mundo. Em todo o planeta houve empresas multinacionais a fecharem centenas de espaços, pequenos negócios que não conseguiram sobreviver ou indústrias que foram interrompidas por completo. Como se costuma dizer, quanto mais alto, maior é a queda.

Parece ser esse o caso de Robert De Niro. O ator americano de 76 anos está praticamente falido e os próximos tempos não se adivinham fáceis. A Covid-19 parou Hollywood, que ainda não retomou a atividade em pleno (nem de perto). E os problemas nos seus outros negócios (tal como o divórcio) acabam por tornar a sua vida luxuosa — a que está habituado há muitos anos — incomportável.

Neste mês de agosto, De Niro iria gravar “Killers of the Flower Moon”, produção de Martin Scorsese onde vai dividir o protagonismo com Leonardo DiCaprio. Só que, como tantos outros, este filme foi adiado — numa situação que poderá prolongar-se durante bastante tempo, tendo em conta que a pandemia continua a crescer nos Estados Unidos da América. As gravações só deverão arrancar em fevereiro de 2021.

Isso significa que Robert De Niro não está a ter qualquer tipo de rendimentos neste momento — e que são essenciais para continuar a pagar as suas várias propriedades e bens de luxo, além das despesas do dia a dia. 

Segundo o jornal espanhol “El Mundo”, a estimativa mais otimista — segundo os diferentes agentes e advogados de De Niro — é que o ator possa receber 7,5 milhões de dólares este ano, o equivalente a 6,3 milhões de euros.

Para uma pessoa comum, essa quantia chegaria para resolver qualquer problema, mas para Robert De Niro é um valor baixo que não chega para sustentar o estilo de vida a que está habituado (e todos os problemas com que está a lidar neste momento).

Além de não poder trabalhar como ator, há dois outros fatores que estão a ser especialmente difíceis para este conceituado veterano do cinema. Um deles é o processo de divórcio com Grace Hightower, com quem viveu nos últimos 21 anos e de quem teve dois filhos.

O ator está obrigado a pagar uma pensão milionária à ex-mulher e ao resto da família. Há muitos detalhes financeiros que ainda estão a ser discutidos, apesar de a separação ter acontecido no ano passado.

Um dos conflitos presentes tem a ver com o valor do cartão de crédito que De Niro cedeu a Hightower. O limite atual é de 50 mil dólares mensais, mas Hightower está a tentar que volte a ser o dobro, 100 mil dólares — que neste momento é incomportável para De Niro, alegam os representantes do ator, justificando-se com toda a conjuntura económica desfavorável.

Além disso, Robert De Niro é acionista de dois negócios que também foram particularmente afetados pela pandemia. Um deles é o grupo de restaurantes japoneses de luxo Nobu; e o outro é a cadeia de hóteis Greenwich Hotel, que se encontra encerrada há vários meses.

Apenas no mês de abril, o grupo Nobu perdeu três milhões de dólares e os vários acionistas tiveram de compensar as perdas ao injetar várias centenas de milhares de dólares para tentar manter o projeto vivo.

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