Embora tenha sido nomeado em três categorias (Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Guião), “12 Angry Men”, de 1957, não conquistou nenhum Óscar. No entanto, a obra-prima de Sidney Lumet é unanimemente considerada um dos melhores filmes da história do cinema. No ranking do IMDb, ocupa a quinta posição, apenas atrás de “Os Condenados de Shawshank”, “O Padrinho”, “O Cavaleiro das Trevas” e “O Padrinho: Parte II”.
O drama judicial, que se desenrola quase exclusivamente numa única sala, já está disponível streaming em Portugal, tendo sido acrescentado ao catálogo da Prime Video no início de janeiro.
Baseado numa peça de teatro de Reginald Rose e realizado por Sidney Lumet, o filme explora as dinâmicas do sistema judicial norte-americano através do debate entre 12 jurados encarregados de decidir o destino de um jovem acusado de homicídio. À primeira vista, o caso parece simples, com provas aparentemente irrefutáveis que indicam a culpa do réu.
No entanto, à medida que a discussão avança, um jurado, interpretado por Henry Fonda, começa a questionar as evidências apresentadas e a levantar dúvidas razoáveis sobre a condenação. O que começa como um veredicto quase unânime transforma-se num intenso confronto de personalidades, preconceitos e perspetivas, obrigando cada jurado a confrontar não apenas os factos do caso, mas também os seus próprios valores e crenças.
Desde a sua estreia, o filme foi amplamente aclamado pela crítica, destacando-se pela sua abordagem minimalista e pelo guião inteligente e perspicaz. Apesar de não ter sido um sucesso comercial imediato, com o passar do tempo, “12 Angry Men” tornou-se uma das obras mais influentes de todos os tempos, sendo frequentemente estudado em escolas de Cinema e cursos de Direito.
A interpretação de Henry Fonda, que também desempenhou funções de produtor, é considerada uma das melhores da sua carreira, enquanto a estreia de Sidney Lumet na realização foi elogiada pela forma magistral como criou tensão e drama num espaço tão reduzido. Além da brilhante execução cinematográfica, “12 Angry Men” é também elogiado pela forma como aborda temas como a justiça, as ideias pré-concebidas e a responsabilidade cívica.
O filme ilustra como o pensamento crítico e o debate podem alterar o curso da verdade e evitar injustiças. A forma como expõe os defeitos do sistema judicial, especialmente a facilidade com que os preconceitos podem influenciar decisões que envolvem vida ou morte, solidificou-o como um marco atemporal, continuando a manter-se relevante várias décadas após a sua estreia.
A influência de “12 Angry Men” transcende o cinema, sendo frequentemente referenciado na cultura popular e tendo sido alvo de diversas versões ao longo dos anos. Em 2007, foi adicionado ao National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos EUA como uma obra “cultural, histórica e esteticamente significativa”.
Atualmente, é considerado um dos melhores filmes de sempre, frequentemente incluído em listas de clássicos indispensáveis. O elenco conta também com Lee J. Cobb, Martin Balsam, John Fiedler, E.G. Marshall, Jack Klugman, Edward Binns, Jack Warden e Ed Begley.
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