“Entusiasmante, emocionante e aterradora.” Assim descreve o realizador Adam Cooper a sua experiência ao ver Russell Crowe em cena no filme “Sleeping Dogs: A Teia”, que chegou à Prime Video esta sexta-feira, 9 de agosto.
Apesar de classificar o ator como “um dos maiores de todos os tempos”, a produção tem sido alvo de críticas severas por parte da imprensa especializada. “O público pode perder o interesse na narrativa antes de chegar ao fim”, alerta o “The Hollywood Reporter”.
A trama acompanha Roy Freeman (interpretado por Crowe), um homem em tratamento avançado para a doença de Alzheimer, que se vê a braços com as consequências de uma investigação sobre a sua vida como polícia. O currículo de Freeman começa a ser vasculhado quando um condenado à morte, que colocou na prisão há dez anos, começa a alegar a sua inocência.
Face às dificuldades em recuperar a memória, Freeman pede auxílio ao seu antigo parceiro, com o intuito de reabrir o caso e descobrir a verdade. Juntos, iniciam a exploração de um labirinto de segredos que leva Freeman a encarar algumas descobertas aterradoras.
Embora não tenha recebido a aclamação crítica de outras produções do ator de 60 anos, para Adam Cooper, esta experiência foi uma das melhores da sua vida. “Sleeping Dogs” representa a sua estreia na realização; previamente, tinha sido argumentista de sucessos de bilheteira como “Convergente” e “Exodus: Deus e Reis”.
Pode não ter sido um fenómeno entre os críticos como outras obras anteriores do de 60 anos, mas foi uma das melhores experiências da vida de Adam Cooper. Na verdade, “Sleeping Dogs” marcou a sua primeira vez como realizador — no passado tinha
“Estou muito grato por ter tido esta oportunidade. Ele é um profissional de outro calibre. O meu trabalho era sair do caminho e deixá-lo atuar. Ligar a câmara e vê-lo representar era sempre uma bênção. Ele é um dos meus ídolos”, recorda o o cineasta de 53 anos à “MovieWeb”.
Quem acompanha a carreira de Russell Crowe sabe que já desempenhou papéis de polícia em obras aclamadas como “L.A. Confidencial” e “Gangster Americano”. Por causa disto, Adam sentiu muitas vezes que estava num set completamente diferente.
O elenco inclui também Karen Gillan, que desempenha o papel de Laura Baines, uma mulher que se entrelaça na investigação de Roy. Laura é uma figura enigmática, com um ar que sugere que esconde segredos.
Assim como Cooper, Gillan elogia a experiência de trabalhar com Crowe. “Foi incrível colaborar com ele”, comenta ao site “Coming Soon”. Revela que estar numa cena ao seu lado foi “alucinante”, uma vez que ele sempre foi uma das suas referências e ela cresceu a ver filmes do protagonista de “Gladiador”. “Toda a gente conhece quem ele é, ao contrário de muitas estrelas de cinema contemporâneas, é excecional, e percebi perfeitamente por que motivo é tão respeitado.”
A oportunidade de trabalhar com Russell foi uma das razões que a levaram a aceitar o papel, mas não a única. Ao ouvir a história, percebeu que tinha em mãos algo “muito interessante”. Ao ler o guião, ficou surpreendida com várias reviravoltas.
“Queria muito interpretar esta personagem, uma mulher que utiliza várias facetas e altera a sua identidade para alcançar os seus objetivos. Isso é extremamente cativante”, revela a atriz de 36 anos, conhecida pelos seus papéis em fenómenos como “Doctor Who” e “Guardiões da Galáxia”.
Gillan considera que fazer parte de “Sleeping Dogs: A Teia” estava no seu destino. Curiosamente, poucos dias antes de receber a proposta, estava a investigar sobre a personalidade de Laura. “Queria entender por que motivo algumas pessoas não são autênticas”, confessa.
No agregador Rotten Tomatoes, a obra gerou reações mistas. Os críticos atribuem-lhe uma pontuação de apenas 45 por cento, enquanto os fãs concederam uma avaliação de 85 por cento, quase o dobro.
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