Num filme ou numa série, há muitas funções atrás das câmaras que a maioria do público nem se apercebe de que existem. Um desses casos é o dos duplos. Embora seja conhecido que são os responsáveis pelas manobras mais perigosas — normalmente pela exigência de capacidade física — muitos profissionais não se sentem tão reconhecidos como deveriam. Em Portugal, há um nome que salta à vista nesta área: David Chan Cordeiro.
Nasceu em Portimão, filho de mãe chinesa e pai português, e desde cedo se dedicou às artes marciais. Estudou e trabalhou nos EUA, regressou a Portugal e abriu a própria empresa de duplos, a MAD Stunts. Hoje é um dos líderes do mercado — e o seu nome aparece nos créditos de mais de uma centena de filmes, séries ou novelas.
De “Lua Vermelha” a “Perfeito Coração”, de “Mar Salgado” a “Única Mulher”, de “São Jorge” a “O Guarda-Costas e o Assassino”, de “Ouro Verde” a “Inspetor Max”, de “Capitão Falcão” a “Colour out of Space”, de “Golpe de Sorte” à primeira série original portuguesa da Netflix “Glória” (ainda por estrear), David Chan Cordeiro tem um longo e diverso currículo.
É perito em lutas, tem muita experiência em quedas altas, cenas com carros ou outros veículos. Neste momento, com quase 40 anos, equilibra o papel de coordenador de duplos em Portugal com os projetos internacionais que vai fazendo em nome próprio enquanto duplo individual.
Quando ligamos a David Chan Cordeiro para contarmos a sua história, o duplo está em Malta a gravar “Last Voyage of the Demeter”, o próximo filme de André Øvredal, com David Dastmalchian e Liam Cunningham no elenco. Por lá fica até meados de setembro.
O início: o interesse pelas artes marciais, os filmes de ação e a falácia chinesa
Curiosamente, o interesse pelas artes marciais e pela área do entretenimento surgiu ao mesmo tempo, quando viu um filme chamado “The Ninja Squad”, realizado por Godfrey Ho, que estreou em 1986. O irmão de David tinha alugado uma cassete VHS no videoclube e mostrou-lhe o filme em casa.
“Fiquei demasiado fascinado com a performance, a questão de estarem a performar para o agrado do público. Isso mexeu imenso comigo e desde pequeno que já sabia que queria fazer artes marciais com o intuito também de performar, não só por defesa pessoal. Fiquei viciado naquilo”, conta à NiT.
Passou a infância a ver filmes de ação. Aponta como referências os nomes de Jackie Chan, Jet Li, Bruce Lee, Jean-Claude Van Damme ou Chuck Norris. Apesar de ter ascendência chinesa, diz que nunca teve qualquer ligação às artes marciais ou sequer ao desporto na sua família. Contudo, foi uma ideia errada que desenvolveu quando era pequeno sobre a cultura chinesa que o levou por este caminho.
“Foi um mito que me criaram na cabeça e eu demorei, para aí, 30 anos a chegar a essa conclusão. À medida que vais envelhecendo, vais explorando e começas a pôr em causa algumas coisas que te dizem quando és pequeno. Lembro-me de ser pequeno e como não havia nenhum chinês na cidade onde nasci, o único contacto com a cultura chinesa era com a minha mãe, os meus primos e os meus tios, que por sua vez já eram mais portugueses do que chineses. Eu cresci com a ideia de que na China todos os chineses sabiam artes marciais. Cresci com esta falácia. Claro que o meu tio, com a melhor das intenções, só piorou aquilo, dizia: ‘tu se fores à China tens que saber lutar artes marciais porque eles não te vão aceitar como chinês’. E eu na altura fiquei um bocado ansioso, tinha para aí cinco ou seis anos quando ele me disse aquilo. E depois em todos os filmes vês os chineses com aqueles chapéus de arroz e vestidos com fatos de kung-fu, pensas ‘eu sou uma desilusão para a minha cultura’. Pensei: ‘tenho de aprender isto e meti isso na cabeça’.”
David Chan Cordeiro diz que esta foi mesmo a “motivação principal”, porque sentia que estava a “falhar” com as suas origens. “Senti que já estava atrás no tempo e que tinha de recuperar.” Durante mais de um ano, suplicou à mãe que o deixasse aprender artes marciais.
“E ela: ‘não, tu és muito impulsivo, vais andar à pancada’. Felizmente hoje já não sou tanto, mas desde miúdo que era muito reativo. Talvez por ser um puto mais pequeno, aquele complexo de ser o mais pequeno da turma, se me empurravam eu empurrava com mais força. Aquela coisa de quereres ganhar o teu lugar no mundo e quereres-te manifestar. Por acaso não me tornou pior, ela deixou-me entrar no kung-fu com nove anos e fiquei viciado naquilo. Mais tarde, percebi que queria aprender ginástica. Queria fazer os mortais que eles faziam nos filmes. Então saí das artes marciais e fui para a ginástica acrobática. Também se fartaram de gozar comigo na altura, eu tinha 12 anos, no início dos anos 90, toda a gente jogava futebol e os desportos da moda, eu era o único de maiô [risos]. Na boa, eu lidava bem com isso.”
No secundário fez o curso de desporto, tornou-se um especialista em mortais e pinos. “Sempre que havia uma festa ou um sarau, o Chan ia lá fazer os pinos. Na altura também era um bocado needy for attention [risos], era mais inseguro.”
Aos 16 anos, regressou em força às artes marciais. Foi aprender full contact, com aquele que diz ser um dos seus mestres, Arlindo Martins. “No full contact havia uma modalidade que em português chamam semi contact, que é basicamente full contact por pontos, como no karaté. E foi aí que dei cartas, dei-me bem, era um desporto que tinha muito a ver com a minha forma de lutar e com o meu tipo de corpo na altura. Estive na seleção nacional, depois ainda fui ao mundial de juniores e séniores. Despoletou mesmo o meu gosto pela competição.” Tornou-se cinturão negro na federação portuguesa da modalidade.
A busca pelo sonho americano
David Chan Cordeiro tinha 18 anos quando se mudou para os EUA. Foi fazer um workshop de quatro semanas, de iniciação aos stunts (manobras feitas por duplos), em Seattle. Foi com um dos seus melhores amigos de Portimão. Supostamente, o curso era para maiores de 21 anos, mas lá deixaram o português entrar — afinal, ele estava a contactá-los insistentemente desde os 16 anos.
Já era experiente em lutas, mas aprendeu a andar e a cair de um cavalo ou a andar pendurado em cabos — “tipo ‘Matrix’”, como descreve. “Deram-nos elogios: estes gajos são muito bons nas lutas, claramente cresceram a ver muitos filmes do Jackie Chan, sabem mexer-se bem e reagir. E aquilo motivou-me a prosseguir com a formação. 80 por cento do curso eram lutas, então eu e o meu colega dominámos. Até nos convidaram para sermos tipo assistentes, nós dávamos o aquecimento e ensinávamos porque eu andava a fazer artes marciais desde os nove anos e havia muita gente que estava ali a fazer pela primeira vez. Mas em todas as outras áreas éramos uns nabos: eu nunca tinha andado a cavalo, nunca tinha saltado para cima de um airbag, nunca tinha tido fireburns, éramos uns zero à esquerda. Mas nas lutas era bom e achei que ia ficar pelos Estados Unidos.”
Depois de concluir o workshop, inscreveu-se numa faculdade local, onde fez o ano zero e completou o 12.º ano, e quando estava no terceiro ano do curso, em 2003, mudou-se de Seattle para Los Angeles, a cidade da indústria de Hollywood. Foi estudar cinema na universidade de Long Beach.
“Já lia muita coisa e diziam que a nova geração de duplos, que eu ainda não era, era uma geração que já sabia tanto de stunts como de câmara. Sabia realizar, editar. Eu já tinha um gosto pela edição, porque já fazia uma edição amadora em Portugal com as minhas câmaras e pensei que então ia estudar cinema. Aquilo despoletou-me um gosto enorme pela arte cinematográfica, pela parte da câmara. Eu era muito geek, sempre fui muito nerd com gadgets e apaixonei-me pelo departamento de câmaras. Não era bom o suficiente para ser diretor de fotografia, mas era para assistente de câmara. Comecei a estudar muito sobre objetivas, lentes, ainda trabalhávamos com película. Trabalhei como assistente de câmara durante quase três anos, em filmes low-budget, mas sempre fazia algum dinheirinho para pagar a faculdade. Ainda tinha a ajuda da minha mãe para pagar os meus estudos. E quando acabei a faculdade já estava a trabalhar como assistente de câmara.”
Foi em 2006 que terminou o curso. Conheceu um coordenador de duplos que rapidamente se tornou o seu mentor, J.J. Perry, um dos melhores na sua área. Dirigiu os duplos em filmes de “Velocidade Furiosa”, “Transformers”, “Os Mercenários” ou “John Wick” e vai estrear-se enquanto realizador no próximo ano, com um filme para a Netflix chamado “Day Shift”, com Jamie Foxx.
“O J.J. foi uma pessoa dez estrelas, ele convidou-me para a sua equipa, deu-me oportunidade para trabalhar com ele e foi ele quem me deu os primeiros grandes trabalhos em Hollywood. Consegui entrar na Screen Actors Guild (SAG), entrei lá no sindicato e isso abriu-me as portas, comecei a trabalhar com outras pessoas. Mas não fiquei muito tempo nos EUA depois disso. Fiquei lá mais um ano e meio e depois vim para Portugal.”
Porém, chegou a trabalhar em “Black Dynamite”, ou em “Bunraku”, filme com um elenco que incluía nomes como Ron Perlman, Demi Moore, Josh Hartnett e Woody Harrelson. “Era um filme grande para um gajo no início de carreira como eu. Foi filmado três meses na Roménia e três meses em Los Angeles. Foi assim o último grande projeto que fiz antes de vir para Portugal.”
O regresso a casa para dominar o mercado português
David Chan Cordeiro explica que não queria estar longe dos pais à medida que eles envelhecessem. “Queria estar próximo deles, era uma escolha pessoal, não me via a ter família nos EUA, então acho que fui um bocado motivado pela pequenez da minha cabeça e fiz as malas e voltei para casa. Não me arrependo, mas confesso que, sabendo o que sei hoje, preferia ter esperado uns cinco anos antes de fazer isso, porque tinha apanhado outros projetos grandes e tinha aproveitado.”
Ainda assim, com os trabalhos que tinha feito, tinha conseguido juntar dinheiro. “Cheguei com o ego em altas. Tinha algum dinheiro na conta, vinha de um bom filme, fiz uma boa performance, oito anos lá fora e sentes que és o maior. Depois chegas a Portugal e levei com uma chapada da realidade [risos]. Passado um ano estava eu ainda desempregado. Fazia pequenos trabalhinhos, aqui ou ali, mas nada sério, e já sem dinheiro e bué desmotivado.”
Tentou trabalhar como duplo, contactou as equipas locais que existiam e diz que se esforçou bastante, ainda que estivesse quase na estaca zero depois de vários anos a trabalhar lá fora. “Tentei dar horas à casa, começar do zero, as coisas básicas que um estagiário faz. Eu estava disposto a fazer isso, sempre fui um gajo sem ego nesse aspeto, tanto carrego os colchões como me atiro para a frente de um carro, não me importo, curto de fazer tudo. Só que a outra equipa, e têm lá os seus motivos, aceitaram-me ao início e depois já não queriam. Senti que eles se sentiram um pouco intimidados porque eu trazia uma experiência internacional que eles não tinham, e eu sempre vim para acrescentar valor ao meio em Portugal. Não era sobre mim, era sobre melhorar o nível em Portugal, era subir a fasquia.”
Quando saiu daquela equipa, decidiu que só havia uma solução: abrir a própria empresa. Pediu um empréstimo ao banco, foi buscar colegas antigos que já conhecia de Portimão, formou uma equipa e começou a trabalhar segundo o modelo americano, com a experiência que tinha adquirido.
“Isso funcionou muito bem em Portugal em 2009, quando abri a empresa. Porque ainda éramos bastante amadores na altura. Havia muita coisa que fazíamos que era por tentativa e erro, eu tinha mais informação e tentei profissionalizar. Aquilo que eu não sabia, contactava amigos que sabiam mais do que eu e trazia-os para Portugal, vinham dar formação.”
David Chan Cordeiro acredita que não se dava um real valor aos stunts naquela altura em Portugal. “Quando as pessoas pagam um bilhete para ir ao cinema, é para se sentirem entretidas durante duas horas, para estarem desligadas da sua vida e estarem contentes a ver. E em Portugal não havia essa mentalidade. Havia a mentalidade de se fazer um stunt for the sake of the stunt itself, bora fazer um atropelamento. Mas em si isso não diz nada. Aquilo tem de adicionar valor à história. E eu sempre tive essa vertente. E como já tinha essa formação de realização, ao início choquei um bocado com alguns realizadores, porque eu dizia ‘é melhor filmares daqui’ ou ‘filma assim com este ângulo’ — queria adicionar aquela linguagem americana, trazer aquilo que eu tinha visto lá fora.”
O português cita outro mentor seu, Chad Stahelski — mais conhecido por ter realizado todos os filmes de “John Wick”, embora tenha tido uma longa carreira como duplo, desde “Matrix” a “The Hunger Games”.
“Ele foi duplo do Keanu Reeves. Eu quando comecei a trabalhar como duplo, tive a oportunidade de treinar sob a alçada dele. Ele é a pessoa mais exigente que conheci em toda a minha vida. O Chad sabe tudo o que há para saber no décor. Se ele não sabe, vai aprender. Ele dizia: Se vocês estão a ser pagos, e bem pagos — na altura acho que eram 700 dólares ao dia — têm obrigação de saber tudo o que se está a passar e mais alguma coisa. E eu sempre tive essa escola quando cheguei a Portugal, então queria saber de tudo. Quando me pediam lutas, eu não entregava só uma coreografia de lutas. Eu entregava a luta filmada por mim, editada. Eu não lhes estava a dizer que era assim que devia ser feito, mas era assim que eu propunha, era a minha visão. Foi assim que consegui os primeiros trabalhos em Portugal. ‘Espera aí: tu realizas e editas as tuas lutas?’ ‘Sim, acho que é assim que o trabalho deve ser feito’.”
Ao contrário de outros profissionais, David não se limitava a explicar por palavras como achava que determinada luta ou movimento físico devia ser feito. David filmava a luta, editava e mostrava como poderia ser o resultado final.
“Quem é que quer ouvir uma luta contada numa sala de reuniões? Eu entrei um bocado em modo americano, entrei mesmo com os dois pés. Vamos fazer uma coisa boa e à grande e é assim que queremos fazer. Na altura isso convenceu um cliente forte, a SP Televisão, e foi a minha rampa de lançamento em Portugal. Fiz a ‘Lua Vermelha’, as novelas todas que eles tinham, para mim na altura eram grandes nomes e grandes projetos. Isso deu-me a estabilidade financeira que eu precisava. E com isso vieram projetos maiores, internacionais, franceses, americanos e começámos a apanhar isso tudo.”
Neste momento, David Chan Cordeiro trabalha com cerca de 40 freelancers que vai contratar sempre que precisa deles para projetos. A sua agenda está cheia — tão cheia que já se vê obrigado a recusar muitos trabalhos. Aliás, o duplo justifica também isto com o facto de que muitas grandes produções mundiais estarem a ser filmadas na Europa neste momento, visto que os números da pandemia estão melhores do que nos EUA. Há até falta de profissionais qualificados na área.
“O facto de eu ter tido a experiência americana e de ser fluente a falar em inglês também ajuda imenso. Porque não tens a barreira linguística que às vezes acontece. E claro que o IMDb ajuda. Posso dizer que os últimos trabalhos para que me contrataram foi sempre com base no meu IMDb, não foi com o meu showreel. Nos últimos anos tem sido mais fácil fechar projetos.”
Lá fora, não trabalha enquanto responsável pela MAD Stunts, mas como duplo individual. “Sou eu a fazer networking. Dou-me a conhecer, faço viagens com o meu próprio dinheiro, participo em workshops, que são uma ótima oportunidade para aprenderes coisas e conheceres pessoas. E neste meio quem tu conheces é literalmente o sucesso do teu trabalho. E pouco a pouco estou a tentar trazer elementos da minha equipa para cá, mas só aqueles que sinto que têm estaleca para aguentar com a rodagem. Porque aqui fora trabalhamos a um ritmo muito mais alucinante do que em Portugal.”
Neste momento, David Chan Cordeiro sente que já fez tudo aquilo que podia fazer no seu país. “Em Portugal sou muito grato pelo que tenho e felizmente tenho uma vida confortável, mas pessoalmente já não me satisfaz porque sinto que já bati no teto daquilo que Portugal me consegue dar em termos de desafios. Porque tem bastantes limites orçamentais, e eu compreendo, as coisas são o que são. Mas preciso disto para matar o bichinho dentro de mim e fazer estes projetos internacionais. Eu já vou fazer 40 anos, não tenho muito mais anos de grandes stunts de performer, e a geração mais nova vai tomar conta disto, é normal. Agora quero é investir os poucos anos que ainda restam para conseguir colmatar este desejo que ainda tenho e daqui a uns anos quero mesmo só dedicar-me à coordenação, seguir o meu sonho como o Chad fez e começar a realizar a ação.”
Um dado curioso é que David Chan Cordeiro sempre trabalhou muito mais atrás do que à frente das câmaras. O facto de ter uma estatura relativamente baixa e de ser moreno com traços asiáticos faz com que tenha um perfil específico que muitas vezes não se enquadra na história. Ainda assim, defende, o mercado tem vindo a diversificar-se e têm surgido mais oportunidades para duplos não caucasianos à frente das câmaras.
“Os elencos hoje em dia são mais diversificados, tens atores sem ser só caucasianos e hoje em dia há mais lugares para um gajo como eu, asiático moreno, entrar como duplo de um ator. Dantes eram só gajos brancos e altos e hoje em dia há mais diversidade.” No filme que está a gravar em Malta é, aliás, a primeira vez que está mesmo a ser duplo de um ator específico — neste caso, filipino e com uma altura idêntica à sua.
Apesar de todo o sucesso que tem tido, David Chan Cordeiro sente que a profissão de duplo deveria ser mais reconhecida. “É uma das coisas que tento dar awareness nas minhas redes sociais, há mais de 30 anos que estamos a lutar para ter um Óscar — e não é o Óscar em si porque estamos a borrifar-nos para a estatueta. É o símbolo, o reconhecimento. Os dez filmes que mais dinheiro fizeram nos últimos anos são todos de ação e todos megalómanos, e o facto de não estares a reconhecer uma profissão que ainda por cima todos os anos colhe vidas — todos os anos infelizmente há um ou dois que morrem, é um bocado triste as pessoas ainda não reconhecerem o nosso trabalho.”
Quando está a gravar fora de Portugal, vai coordenando o trabalho da sua empresa e delegando tarefas. Quanto ao seu estilo de vida, por causa da profissão, diz que tenta treinar pelo menos uma hora todos os dias (embora nem sempre seja fácil devido aos horários).
“Preciso de conseguir elevar-me com os meus próprios braços, tenho de conseguir carregar 1,5 vezes o meu peso. Preciso de conseguir fazer pelo menos 50 flexões por dia. Porque se me pedirem para fazer algo, preciso de estar disponível para conseguir ter a performance esperada.”
Apesar de não seguir uma dieta restrita, tenta controlar o que come para não ganhar peso. Gosta de acordar sempre às seis da manhã para treinar antes de ir trabalhar. Aos fins de semana, opta por descansar e evitar excessos. “Acho que cada vez mais as rotinas são o segredo do sucesso para a longevidade neste meio.”
Recentemente, fez mesmo uma personagem pequena na adaptação cinematográfica dos videojogos “Uncharted”. Contracenou com Tom Holland, num filme realizado por Ruben Fleischer (e com Mark Wahlberg e Antonio Banderas no elenco) e o resultado chega aos cinemas em 2022.