Barbara Oppenheimer. Poderia ser uma nova personagem inspirada pelo sucesso de Barbenheimer, que junta os dois sucessos de bilheteira “Barbie” e “Oppenheimer”, que estrearem na mesma semana de julho. Mas a verdade é que a Barbie existe mesmo e nem queria acreditar quando percebeu a coincidência. “É muito engraçado. Foi brilhante terem lançado os filmes ao mesmo tempo”, disse à revista “Slate”.
Em miúda, Barbie, como era tratada, adorava imaginar que tinha uma vida igual à da boneca da Mattel, mas quando chegou a adolescência, por volta dos 12 anos, ultrapassou essa fantasia. Na altura, deixou também de ser a Barbie para os amigos e ficou conhecida simplesmente como Barb. Mais tarde, quando terminou a licenciatura e começou a carreira de professora, concluiu o ciclo de maturidade e passou a ser a cinzenta Barbara. “Era mais profissional e sério”, explicou.
A professora universitária, já reformada, vive em Newton, no estado norte-americano do Massachusetts, nunca pensou que o verão de 2023 reservasse tantas surpresas, nem que fosse deixar tantas pessoas incrédulas sempre que dissesse o seu nome.
Após a estreia de “Barbie” e “Oppenheimer”, a docente nunca mais teve um minuto de sossego. Durante uma estadia num hotel, por exemplo, um funcionário chegou mesmo a abordá-la para perceber se o nome era verdadeiro, ou se se tratava de uma brincadeira. Os amigos com quem não falava há vários anos também lhe ligaram de surpresa para se rirem com a curiosidade.
O mais curioso é que o apelido da verdadeira Barbie vem do marido, um familiar distante de J. Robert Oppenheimer. Por isso, na altura de irem ao cinema, optaram por ver primeiro o filme sobre o físico que desenvolveu a bomba atómica usada durante a Segunda Guerra Mundial. Adoraram. Passados uns dias, foram ver o outro sucesso de bilheteiras, que deixou as redes sociais vestidas de cor-de-rosa. Entusiasmada com este ambiente, a própria Barbara vestiu-se a rigor para ver a produção com o seu nome. E até comprou uma T-shirt alusiva ao “Barbenheimer”, para usar da próxima vez que fora ao cinema.

O fenómeno Barbenheimer
O filme de Greta Gerwig conta com as presenças de Margot Robbie e Ryan Gosling (Barbie e Ken), com um matiz de cores e humor baseado numa crise existencial da famosa boneca de plástico. Por sua vez, Christopher Nolan convidou o inconfundível Cillian Murphy (J. Robbert Oppenheimer), de “Peaky Blinders” e “28 Dias Depois”, para nos trazer uma biografia inspirada no Projeto Manhattan.
Como tudo o que tem um pingo de ironia logo se torna assunto nas redes sociais, o contraste entre as produções depressa levou à criação de um híbrido, o “Barbenheimer”. Memes, trailers falsos e apostas sobre qual faturaria mais nas bilheteiras multiplicaram-se nos feeds à velocidade da luz.