Sean Penn visitara a Ucrânia na preparação do seu próximo filme. Ditaram as circunstâncias que o território fosse invadido pelas forças militares russas e o ator nem pensou duas vezes. Agarrou numa equipa de filmagem e colocou-se no terreno para gravar um documentário.
O norte-americano de 62 anos tomou partido no conflito internacional e sofre agora as consequências. O seu nome é um dos 25 que constam de uma lista negra criada pelo Kremlin. Dela, fazem parte outros 24 compatriotas, todos impedidos de viajarem para território russo.
A nova listagem inclui maioritariamente políticos, líderes de empresas e académicos. Entre eles, há outro nome famoso do cinema e da televisão, o ator e realizador Ben Stiller.
O que têm em comum os dois atores? É que além de terem partilhado o ecrã em “A Vida Secreta de Walter Mitty”, manifestaram-se publicamente contra a invasão russa e viajaram até à Ucrânia para encontros oficiais com o presidente Zelensky.
Esse não foi o seu único pecado, na ótica do governo russo. Penn chegou mesmo a admitir que ponderou “agarrar numa arma e combater contra a Rússia”, isto durante a gravação do documentário que o levou a realizar vários encontros oficiais com governantes ucranianos. Por sua vez, em junho, Stiller encontrou-se com Volodomyr Zelensky na capital Kiev, durante uma viagem no papel de embaixador da Agência para os Refugiados das Nações Unidas.
As listas de individualidades permanente banidas da Rússia incluem, desde logo, o presidente americano Joe Biden e a sua família. Segundo o Kremlin, é apenas uma resposta às sanções pessoais aplicadas por Washington a cidadãos russos.