Lançada em 1973, “The Boogeyman” é um pequeno conot do rei do terror Stephen King. Uma história que tira partido dos nossos medos de criança, do escuro e dos monstros que comem criancinhas. O eterno Papão que se esconde nos recantos escuros e, habitualmente, debaixo da nossa cama.
Como se sabe, as narrativas de King são terrenos férteis para adaptações ao cinema e à televisão. E “The Boogeyman” não é exceção. A mais recente adaptação chega aos cinemas esta quinta-feira, 1 de junho, pela mão do realizador Rob Savage.
O filme de terror sobrenatural acompanha Sadie Harper e a sua pequena irmã Sawyer, ambas ainda a tentarem lidar com o trauma da morte da mãe. Enquanto procuram recuperar a normalidade na sua vida, são vigiadas pelo pai, psioterapeuta de profissão, que se revela incapaz de dar apoio à própria família.
É durante a visita desesperada de um dos seus pacientes que tudo muda na casa de família. Uma entidade com tudo menos boas intenções começa a atormentar a pequena Sawyer. Será preciso saber o que a alimenta e o que pretende, antes que seja tarde demais.
A produção dirigida por Rob Savage é já uma adaptação na linha de montagem dessde 2018, mas que um cancelamento em 2019 obrigou a uma paragem. Renasceu em 2021 para levar ao cinema o conto de Stephen King. O elenco conta com nomes como Chris Messina, Sophie Thatcher, Vivien Lyra Blair, David Dastmalchian, Marin Ireland e Madison Hu.
Segundo Savage, a adptação tinha já um argumento inicial preparado pelos responsáveis por “A Quiet Place”. “Desenvolvia-se numa direção muito diferente, mas eles criaram umas bases muito boas. Depois tive que imaginar uma ideia fixe para expandir o pequeno conto, que basicamente são duas pessoas numa sessão de terapia a falarem durante oito páginas”, conta o realizador à “ScreenRant”.
“Eles lembraram-se de que isso poderia ser o incidente que dá origem a um filme maior. A personagem que chega, entra na casa e de certa forma infeta a família com uma presença demoníaca — e temos aí a nossa história.” Foi a partir daí que Savage desenvolveu esta versão final que chega aos cinemas.
Stephen King esteve também envolvido no processo, apesar de Savage notar que o autor “dá muita liberdade”. “Deu algumas notas, sim. Sabia que estávamos a criar uma coisa só nossa e queria certificar-se de que tínhamos essa liberdade. Deu-nos ótimos conselhos. Adorou o argumento e estava sempre a falar sobre o filme na praça pública enquanto estávamos a filmar”, recorda. “Viu o filme e gostou muito. Todos suspirámos de alívio quando isso aconteceu.”
Com 66 por cento no agregador de críticas Rotten Tomatoes, a opinião de King parece não ser propriamente unânime. “Recheado de estereótipos, está sobretudo carente de originalidade, o que faz com que a única emoção que nos faz sentir é pena pelos seus protagonistas, que merecem muito mais do que este filme”, escreve o “The Daily Beast”. “É bom, mas não é ótimo. O filme lembra-nos como é ter medo do escuro, mas para o bem ou para o mal, esse efeito não perdura assim que as luzes se acendem”, atira a “Variety”.
Nem tudo são críticas. Alguns críticos elogiam-no como um bom exemplo do género, recheado de sustos surpreendentes. “Acaba por funcionar graças à atmosfera bem calibrada, um estilo visual memorável e performances bem conseguidas por parte de um elenco talentoso.”
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