Cinema

“Code 8”: a sequela do êxito de sci-fi da Netflix já está no top dos mais vistos

Robbie e Stephen Amell voltam aos seus papéis originais. O fenómeno começou como uma curta-metragem de baixo orçamento.
Os primos Amell estão de volta.

Os realizadores de sagas épicas têm sempre um objetivo: não desiludir os fãs quando fazem um novo filme da franquia. Para Jeff Chan, o cineasta responsável por “Code 8: Renegados — Parte II”, a responsabilidade é ainda maior, visto que a primeira obra foi financiada não por um estúdio de Hollywood, mas pelos próprios seguidores do trabalho.

Isto porque tudo começou com uma curta-metragem lançada em 2016, e que até agora conta com sete milhões de visualizações no YouTube. Esperançosos de que aquilo se pudesse tornar em algo maior, os espectadores conseguiram arrecadar 2,5 milhões de dólares (cerca de 2,30 milhões de euros).

Uma adaptação mais extensa começou a ser preparada e, em 2018, foi comprada pela Netflix. A continuação da história chegou à plataforma de streaming nesta quinta-feira, 29 de fevereiro — e conta com dois nomes conhecidos no elenco: Stephen (“Green Arrow”) e Robbie Amell (“Duff”). Já é o segundo filme mais visto atualmente.

A sequela começa cinco anos após o original, com Connor (Robbie) a sair da prisão e a aceitar um trabalho como porteiro. A cena inicial foi gravada na antiga prisão de Kingston em cerca de 45 minutos. O resto da obra foi filmada entre Toronto e Hamilton (Ontário)

“Logo no início do filme percebemos que ia ser algo fantástico. Estamos sempre a tentar mostrar como é o sistema prisional neste universo. O filme não conta isso na totalidade, mas dá-nos um vislumbre”, conta Stephen ao podcast “The Playlist”.

Connor pretende manter-se longe da vida criminal e de Garrett (Stephen), o seu antigo parceiro. O seu plano é abortado quando conhece Pavani (Sirena Gulamgaus), uma jovem de 14 anos que está a fugir de um sargento corrupto (Alex Mallari Jr.). Para a conseguir ajudar, o protagonista vai ter de se voltar a conectar com o ex-amigo.

Apesar de já ter uma dimensão maior, “Code 8” continua a ser uma saga feita por fãs, para fãs. “Temos de pensar nisso enquanto escrevemos os guiões. Não queríamos fazer nada que os fosse desapontar”, comenta, desta vez, Chris Paré, um dos guionistas.

Os primos Robbie, de 35 anos, e Stephen Amell, de 42, confessam estar muito orgulhosos de toda a história à volta deste trabalho. “Tudo começou com um orçamento muito baixo, e depois estreou na Netflix e chegou ao número um dos mais vistos. As dezenas de milhares de espectadores passaram a dezenas de milhões”, afirmou Stephen no mesmo podcast. 

Antes de pertencer à gigante do entretenimento, o futuro da saga estava nas mãos da Quibi, extinta a 1 de dezembro de 2020. A premissa da plataforma era criar uma série — o que acabou por inspirar “Renegados — Parte II”.

“Foi um acidente feliz. Íamos a caminho da Quibi, onde tínhamos uma grande base de fãs, para pedirmos financiamento para uma nova produção. De repente, recebemos uma chamada a dizer que a Netflix estava interessada”, recorda Robbie.

Após o sucesso das duas primeiras longas-metragens, Jeff Chan, o realizador, já está a pensar numa terceira — algo que Amell confirma. “Tudo vai depender da prestação da ‘Parte II’. Se as pessoas continuarem a ver, vamos continuar a fazê-los. Nós adoramos este mundo e queremos torná-lo cada vez maior”, realça.

Uma das prioridades da saga é continuar a apostar nos efeitos especiais e visuais, bem como emocionar os espectadores com as histórias e com as novas personagens que vão sendo introduzidas.

“Também queremos ação que acabe por criar tensão, e isso começa com o Chris [o guionista]. Não vamos ter cenas de ação só porque sim. Têm de fazer sentido. Caso exista um terceiro filme, é a premissa que queremos manter”, conclui.

Carregue na galeria para conhecer as séries (e regressos) que chegam em março às plataformas de streaming e à televisão. 

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT