Cinema

“Crimes do Futuro”: o novo filme bizarro com Kristen Stewart e Viggo Mortensen

É uma história futurista em que as novas práticas sexuais incluem cortes nos órgãos humanos. Foi realizado por David Cronenberg.
O filme estreia agora nos cinemas.

Chama-se “Crimes do Futuro” e estreia nos cinemas portugueses esta quinta-feira, 24 de novembro, após ter sido exibido no Lisbon & Sintra Film Festival (LEFFEST). Trata-se do novo filme de David Cronenberg, o aclamado cineasta responsável por produções como “A Mosca”, “eXistenZ” ou “Irmãos Inseparáveis”.

Para a sua nova história de ficção científica e terror, recrutou atores como Viggo Mortensen, Kristen Stewart e Léa Seydoux. Como tem sido habitual na obra de Cronenberg, o fascínio pela mutação e transformação humana está bem presente. 

O enredo desenrola-se num futuro incerto. Houve avanços significativos na área da biotecnologia e é agora normal que os humanos tenham dispositivos eletrónicos e computadores a controlar ou a gerir funções corporais — como se fossem uma espécie de ciborgues.

Além disso, a humanidade sofreu diversas alterações biológicas. A grande maioria das pessoas já não sofre dor física nem está vulnerável a doenças infecciosas. Por isso, por exemplo, podem ser sujeitas a cirurgias sem receberem qualquer tipo de anestesia. Outros indivíduos experienciaram alterações ainda maiores à sua fisionomia.

Os protagonistas são Saul Tenser e Caprice, que formam um casal. São dois artistas, de renome internacional, que se aproveitam de uma condição de Tenser — síndrome de evolução acelerada —, um distúrbio que faz com que tenha de renovar os seus órgãos constantemente, para os removerem cirurgicamente em frente de uma plateia. Caprice fica responsável pela operação.

Tenser e Caprice encontram-se depois com o National Organ Registry, uma entidade governamental que regula as restrições relativamente aos órgãos humanos e acompanha a sua evolução científica, e conhecem Timlin — uma investigadora que se interessa particularmente por Tenser.

Afinal, nesta estranha sociedade futurista, o fascínio pelos órgãos e cirurgias atingiu uma dimensão sexual. “Cirurgia é o novo sexo”, diz mesmo Timlin a certo ponto da ação. Os cortes repetitivos no corpo e nos órgãos humanos estão mesmo a substituir as relações sexuais convencionais, assim como a masturbação.

Depois, uma unidade policial faz por usar Tenser para se infiltrar num grupo de evolucionistas radicais. Eles desenvolveram um método para modificar o seu sistema digestivo e fazer com que consigam consumir plásticos como alimento. Uma sequência de acontecimentos vão depois colocar Tenser num dilema — entre aquilo que se considera verdade e mentira, entre as conspirações governamentais e o idealismo ativista, cumprindo um papel de que acaba por se arrepender. Mas terá de ver o filme para conhecer a narrativa por completo.

O elenco inclui ainda Scott Speedman, Lihi Kornowski, Don McKellar, Nadia Litz, Tanaya Beatty, Tassos Karahalios, Jason Bitter, Denise Capezza ou o ator luso-guineense Welket Bungué.

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