Cinema

É sósia de DiCaprio, filho de Jack Nicholson e o novo namorado de Sara Sampaio

Ray tem 31 anos, é ator e partilha várias outras paixões em comum com o pai — sobretudo os LA Lakers.
Pai e filho surgem muitas vezes juntos

No pico do verão, surgiam os primeiros rumores. Sara Sampaio teria um novo namorado e o alvo era tudo menos desconhecido. Os boatos começaram quando a dupla foi vista com bastante intimidade no aniversário da modelo portuguesa em Hollywood,.

Saíam então do clube San Vicente Bungalows. E agora, finalmente, parece que tudo está confirmado. A prova, dizem, estará nas fotos onde surgem de mãos dadas num concerto dos Guns N’ Roses no emblemático Hollywood Bowl, a 2 de novembro.

Ele é nada mais nem menos do que Ray Nicholson. O apelido diz quase tudo. É, precisamente, filho da lenda de Hollywood Jack Nicholson. Nascido em 1992 — tem, portanto, 31 anos — não é propriamente parecido com o pai, mas partilha com ele uma enorme paixão: os Los Angeles Lakers.

Foi, aliás, na sua companhia que deu nas vistas, sempre sentado ao lado do pai na cobiçada primeira fila dos jogos. Nicholson, agora arredado dos eventos públicos, pouco aparece. Mas a cara de Ray ficou gravada na memória. Tanto que até tem sido comparado a um conhecido ator que não o pai.

As semelhanças de Ray com Leonardo DiCaprio foram tema de conversa na imprensa, desde os cabelos ao estilo do ator, até ao uso frequente de chapéus. Ainda assim, o talento como ator está longe de ser idêntica à de DiCaprio ou, claro, do próprio pai.

Dos filhos de Nicholson, Ray é ainda assim quem mais mais seriamente tem prosseguido a carreira de ator. Foi escolhido, por exemplo, para o elenco da última temporada de “Mayans M.C.”. O criador Kurt Sutter elogiou-lhe o talento.

“Somos amigos. Estou a orientá-lo”, disse Sutter sobre Ray em entrevista à “Entertainment Weekly”.”Ele é um rapaz adorável e um ator muito talentoso. E foi tão divertido para ele. Ele não conhece bem aquele mundo, não é? Acho que foi uma boa experiência vestir aquele casaco e passar uma noite com aqueles rapazes. Foi uma verdadeira aprendizagem.”

Ray também marcou presença em “Gonzo”, o mais recente filme de Patricia Arquette que realiza e protagoniza. O jovem ator pôde brilhar ao lado de nomes como Willem Dafoe ou Sean Penn. E em tempos em que se debate tanto o nepotismo, é de notar que Ray, apesar de ser o mais bem-sucedido dos descendentes de Nicholson, não ostenta um currículo de grandes sucessos ou papéis de destaque.

Não há como negar a relação

Passou quase despercebido em “Mayans M.C.” com apenas quatro episódios e um papel secundário em “Promising Young Woman”. Talvez a sua presença mais notável tenha sido na série “Panic” de 2021, um drama criminal da Prime Video. Teve também um papel secundário em “Licorice Pizza”, o último filme de Paul Thomas Anderson.

Ray é apenas um dos seis filhos de Jack Nicholson. É filho de Rebecca Broussard, o amor do ator após o término com Anjelica Huston — precisamente a relação mais duradoura de Nicholson, que se prolongou por 17 anos.

Broussard, atriz que também trabalhou como empregada de mesa, teve dois filhos com Nicholson, Lorraine (nascida a 16 de abril de 1990) e Raymond (nascido a 20 de fevereiro de 1992). A relação terminou em 1994, e nesse mesmo ano, Nicholson foi pai de outra filha, Tessa, com a empregada de mesa Jeannine Gourin. Um caso familiar bastante mais complicado do que o de Ray.

A filha secreta de Jack Nicholson

Aos 85 anos, a vida de Jack Nicholson tem muito por contar. Famoso pelos seus inúmeros romances e relações — e conhecido por ser um mulherengo —, o ator tem oficialmente cinco filhos. Após ser pai de duas crianças em 1990 e 1992 — fruto de uma relação extraconjugal que arruinou o casamento com Anjelica Huston —, voltou a envolver-se com outra jovem.

Jeannine Gourin, que trabalhava num restaurante, envolveu-se com o ator e em 1994, foi mãe de Tessa. Tessa é, alegadamente, a sexta filha do ator que nunca foi publicamente reconhecida. A verdade, contudo, é que Nicholson nunca procurou ativamente rebater os rumores e Gourin fala de si como filha do ator recorrentemente.

A jovem que nasceu em Nova Iorque aproveitou a recente entrevista com o “The Daily Beast” para falar sobre a bizarra relação que tem com o pai, que soube desde cedo ser “um tipo rico e poderoso” mas sobre o qual “não podia falar”.

“Desde pequena que a minha mãe me dizia para não revelar a ninguém que tinha um pai famoso. Eu sabia que ele era poderoso e rico, por isso comparava a minha vida à da orfã Annie.”

Durante a infância, chegou a encontrar-se por várias vezes com o pai, mas nunca “formou uma ligação”. “A minha mãe queria que eu tivesse uma relação com ele, mas ele sempre disse que não estava interessado”, confessou a jovem de 28 anos que sonhava ser atriz.

Apesar de continuar sem assumir a paternidade, Nicholson aceitou pagar os estudos de Tessa, que confessa não ter aproveitado essa vantagem da melhor forma. Tudo por causa da “vida problemática em casa”.

Chegou a enveredar pelo teatro e a participar em alguns projetos, mas fê-lo sempre sob a vergonha de poder ser associada a Nicholson. “Tinha medo do que as pessoas podiam pensar”, explica. “Podiam pensar que era de mau gosto ou que estava a aproveitar-me do facto de ser filha dele. Mas se esta pessoa não me quer sequer na vida dela, como é que eu poderia usar isso em meu benefício?”

Numa era em que os chamados bebés do nepotismo estão tão em voga, Gourin mantém-se como um caso isolado — e deu até nas vistas ao apontar o dedo a Lily-Rose Depp, atriz filha de Johnny Depp e Vanessa Paradis. A jovem, acusada de aproveitar a fama dos pais para fazer carreira, virou-se contra os críticos.

“É estranho que tentem reduzir alguém à ideia de que só estão num sítio por causa dos pais. Não faz sentido. Se os pais de alguém são médicos e o filho se torna médico, não vão fizer que só o é por causa dos pais. Ele foi à escola, estudou, treinou”, disse. Gourin contra-atacou nas redes sociais: “Miúda, acredita em mim, as coisas podiam ser bem piores”.

“Adoraria poder usar o meu título de ‘bebé do nepotismo’ (do qual não me posso arrogar porque não sou considerada ‘legítima’) se isso significasse que podia entrar numa sala e exibir o meu talento”, explicou Gourin. “Sabes quão difícil é conseguir uma audição? E arranjar um agente? Agora vamos chorar por causa disso?”

A discussão tocou obviamente fundo em Gourin. “A obsessão que a nossa sociedade tem em identificar vítimas em quaisquer circunstâncias é assustadora. A interpretação é uma for de arte. Usa a tua raiva e vitimização e coloca tudo no teu trabalho que tens tanta sorte de arranjar”, ripostou. “Podemos finalmente começar a assumir essas vitórias? Foda-se. A vida é tão injusta. É obrigação do artista agarrar na injustiça da vida e aplicá-la no seu trabalho. Fim de história.”

As críticas geraram uma enorme discussão e Gourin viu-se também obrigada a endereçar a controvérsia com uma crónica publicada na “Newsweek”. “Sou a filha do Jack Nicholson — e gostava que me chamassem ‘nepo baby”, assinou no título.

A crónica serviu também para revelar detalhes da sua relação com o pai e de como isso a marcou. Fascinada pela figura famosa, via e revia entrevistas e presenças nos Óscares de Nicholson. Chegou mesmo a ler a biografia da ex-mulher de Nicholson, à procura de semelhanças entre si e o pai. E encontrou-as: “o mesmo sentido de humor, o gosto pela pintura, o método de treinar as personagens”.

Ainda assim, revela que não guarda rancores. “Não lamento a ausência de uma relação entre pai e filha, mas sim de uma ligação entre artistas que poderíamos ter partilhado se as circunstâncias tivessem sido diferentes”, diz. “No final, ele é uma celebridade com quem me limito a partilhar algum ADN.”

Entretanto, dedica-se à escrita de uma curta-metragem, que irá também protagonizar. Uma história autobiográfica com um destinatário claro. “É tudo o que eu sempre quis dizer ao meu pai.”

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