Cresceu à sombra da irmã, a atriz Dakota Fanning, apenas quatro anos mais velha, mas fez o seu próprio caminho em Hollywood. E tal como Dakota, Elle começou cedo a participar nos castings. Agora, numa entrevista à “The Hollywood Reporter”, a propósito do seu último grande papel, na série “Catarina, a Grande”, a jovem norte-americana revela a pior recusa que recebeu. Tudo isto quando tinha apenas 16 anos.
“Eu era muito protegida. Tinha um agente fantástico e um gestor que trabalhava comigo desde os oito ou nove anos. Trabalhei sempre com eles, o que é raro. E eu reconhecia valor nisso”, recorda. Parte do seu trabalho passava também por lidar com as rejeições e o impacto que isso poderia ter numa criança.
“Nunca contei esta história”, começou por revelar na mesa redonda da revista norte-americana. “Estava a fazer um casting para um papel com o qual não fiquei. Creio que até nunca chegaram a produzir o filme, era uma comédia numa road trip entre pai e filha.”
Segundo Fanning, os seus agentes nunca mais lhe deram qualquer feedback sobre o casting. “Eles tinham implementado um sistema de filtragem de comentários que era muito importante, e provavelmente houve muitos comentários piores que foram filtrados, mas houve um que mexeu comigo. Eu tinha 16 anos e uma pessoa disse: ‘Oh, ela não ficou com o papel porque ninguém quer ter sexo com ela.”
Fanning ficou chocada. “É tão nojento. Hoje em dia penso nisso e rio-me, mas… que porco nojento.”
Tal como a irmã, começou a trabalhar desde muito nova. Um caminho arriscado em Hollywood e que nem sempre traz bons resultados. “Sempre fui muito confiante, mas claro que quando cresces sob o olhar vigilante do público, é estranho. Olho para fotos tiradas pelos paparazzi quando tinha 12 anos e penso: ‘Será que é algo bom de ver? Veres-te ao espelho desta forma com aquela idade?’ Não acho que isso tenha deixado marcas, mas certamente que me fez ter muito mais autoconsciência.”
