Cinema

Emma Watson explica a pausa na carreira: “Sentia-me enjaulada”

A atriz de 33 anos não faz um filme desde 2018. Nos próximos tempos, não tem planos para regressar ao trabalho.
A atriz não entra num filme desde 2018.

Assim que terminaram as gravações de “As Mulherzinhas”, no final de 2018, Emma Watson decidiu fazer uma pausa na carreira. Ao fim de mais de quatro anos, a atriz conta finalmente tudo o que se passou.

“Custava-me ter que sair e ir tentar vender algo sobre o qual não tinha realmente um grande controlo”, explicou em entrevista ao “Financial Times”. “Honestamente, não me sentia feliz. Sentia-me enjaulada.”

A atriz de 33 anos, que desde então participou apenas numa curta publicitária para a Prada, revelou estar cansada da vida profissional. “Ir apresentar um filme e ter que encarar os jornalistas a perguntarem como tudo aquilo se alinhava com a minha visão. Era muito difícil dar a cara e ser porta-voz de projetos onde não tinha estado envolvida no processo de criação.”

“Ainda assim, era responsabilizada por isso e tornava-se frustrante, sobretudo porque não tinha uma voz ativa. Não tinha nada a dizer. Comecei a perceber que só o queria dar a cara por coisas que, se por acaso se virassem contra mim, poderia responder em consciência: ‘Sim, fiz asneira. A decisão foi minha. Devia ter agido de outra forma’.”

Apesar do sucesso do último filme, assinado por Greta Gerwig, e que conquistou seis nomeações para os Óscares, Watson decidiu interromper a carreira. Pelo caminho, experimentou coisas novas, como o anúncio para a Prada, que escreveu e realizou.

“As pessoas sempre me disseram para tentar realizar e produzir, mesmo durante as gravações dos filmes de Harry Potter”, explica. “Tinha medo que fosse algo muito técnico, pouco criativo, e que não pudesse dar uso às minhas aptidões. Parecia-me impossível realizar algo, não tinha confiança para isso, o que é estranho porque cresci em sets de gravações.”

Apesar da ausência, Watson não atira a toalha ao chão. Sobre um eventual regresso, admite-o claramente, mas sem avançar prazos ou datas. “Sim, de certeza [que não é o fim]. Mas sinto-me bem assim e vou esperar pelo trabalho certo. Adoro o que faço. Quero é tentar encontrar uma forma de o fazer que não obrigue a abdicar das minhas várias facetas. Não quero entrar nesse modo robô. Faz sentido?”

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