No que ao cinema diz respeito, 2021 não foi tão bom quanto 2019, mas, felizmente, também não foi tão mau como 2020. Ou seja: se no ano passado as idas ao cinema eram algo impensável, desta vez começaram a fazer parte, mais uma vez, da nossa rotina. A pandemia não implicou apenas o fecho destes estabelecimentos, mas também os atrasos nas produções que esperávamos há anos.
Algumas foram interrompidas durante as gravações, enquanto outras esperaram que a normalidade que antes conhecíamos não fosse apenas uma miragem num deserto repleto de Sandworms. Com budgets milionários, é normal que os investidores optem por esperar um pouco para receberem, pelo menos, o valor investido nas produções.
Num ano novamente tão atípico houve algo que permaneceu igual: a explosão dos serviços de streaming. Caso ainda tivesse medo de entrar numa sala de cinema — embora sigam todas as medidas de segurança — tinha sempre a possibilidade de pagar um extra e ver os filmes, por exemplo, na Disney+, que popularizou esta abordagem. Ao mesmo tempo, podia esperar uns dias até que os filmes fossem disponibilizados nas restantes aplicações, embora por vezes o lançamento fosse simultâneo.
O foco criativo das produções instalou-se nas realidades que não são tão retratadas no cinema. Tivemos um filme centrado numa família surda, em “CODA”, e outro em mães que não o querem ser (“Mães Paralelas”, de Pedro Almodóvar). Por outro lado, tivemos alguns blockbusters pelas quais esperávamos há anos, tal como o remake de “Dune”, com Timothée Chalamet e Zendaya, e “The Last Duel”, o novo filme de época de Ridley Scott que junta Ben Affleck, Matt Damon, Adam Driver e Jodie Comer.
No final de 2021, e mesmo não sendo uma das melhores produções do ano, aconteceu o impensável: um filme ultrapassou a marca de mil milhões de euros em receitas durante o período pandémico, algo que, até agora, era impensável. Claro que se trata de uma produção da Marvel. “Homem-Aranha: Sem Volta a Casa” foi o primeiro filme a ultrapassar esta meta desde “Vingadores: Endgame”, lançado em 2019. É o 48.º projeto cinematográfico da história a alcançar este feito.
A NiT selecionou os dez melhores filmes de 2021, e embora alguns possam ter sido lançados no ano passado, apenas chegaram aos cinemas nacionais este ano. Carregue na galeria para os conhecer e vá tomando notas dos filmes que tem mesmo de ver.