Cinema

Documentário revela os segredos do compositor que só sabe criar bandas sonoras épicas

Sem John Williams, os clássicos do cinema não seriam os mesmos. “Music by John Williams” chegou esta sexta-feira à Disney+.
Para conhecer a vida e sucesso do músico.

“Star Wars”, “E.T.”, “Indiana Jones”, “A Lista de Schindler”, “Tubarão”, “Parque Jurássico”, “Sozinho em Casa” e “Harry Potter”. John Williams é o nome que une todos estes clássicos do cinema. Filmes nos quais a banda sonora é tão ou mais reconhecida do que a própria longa-metragem.

O compositor vencedor de cinco Óscares é um dos grandes nomes da música ligada ao cinema e influência assumida dos grandes nomes que assinam por estes dias as bandas sonoras, embora Williams continue no ativo — e aos 92 anos, não parece querer entrar na reforma. Agora, o seu legado dá origem a um documentário que chega esta sexta-feira, 1 de novembro, à Disney+.

“Music by John Williams” revisita a história do músico, desde a infância até à carreira militar trocada pela música. A longa-metragem de 105 minutos tem assinatura de Laurent Bouzereau, realizador e amigo de longa data do compositor, que teve acesso a imagens inéditas dos bastidores da vida do autor.

George Lucas, Gustavo Dudamel e Steven Spielberg — com quem trabalhou em 29 filmes — são chamados a dar o seu testemunho e a revelar a forma como Williams impactou as suas vidas e carreiras. Entre entrevistas e filmagens de arquivo, o documentário aborda a infância e a forma como se deixou influenciar pela carreira musical do seu pai e o gosto da mãe pela música.

“A parte mais difícil foi convencer o John a dizer ‘sim’. Demorou algum tempo. Conheço o John há 30 anos, e estou a tentar fazer este filme há 30 anos”, explica Bouzereau ao “The Boston Herald”. Nesta tarefa, contou com a ajuda de Steven Spielberg, o único capaz de fazer Williams mudar de ideias.

As bandas sonoras de “Star Wars” e “Indiana Jones” estão entre os destaques do filme, que explora o impacto destes temas na cultura pop, bem como a forma como foram sendo elaborados por Williams. O compositor conta com uma carreira de 70 anos na qual acumulou umas impressionantes 54 nomeações, que o tornam no segundo mais nomeado de sempre, apenas atrás de Walt Disney. Conquistou cinco estatuetas graças às bandas sonoras de “Um Violinista no Telhado”, “Tubarão”, “Star Wars” e “A Lista de Schindler”.

“Esse foi o maior desafio. O desafio seguinte era contar uma história inspiradora. Uma que tocasse as pessoas que cresceram, evidentemente, com a música do John e que o adoram. Mas também que inspirasse as gerações mais jovens que podem não o conhecer. Reconhecerão a música, claro, mas podem não saber quem ele foi nem a sua história, que me pareceu de uma intemporalidade profunda”, nota. “Como o John é alguém que está sempre a olhar para a frente, um dos desafios foi convencê-lo a olhar para trás e falar sobre isso. Mas não queria que isto parecesse uma coletânea de todos os grandes temas do John. Queria histórias e drama, e queria que isto realmente tivesse o ar de um filme. Espero ter conseguido.”

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