Quando “Before Sunrise” (ou “Antes do Amanhecer”, em português) foi lançado em 1995, Ethan Hawke, um dos protagonistas, tinha dúvidas sobre o potencial da obra. Por um lado, o ator pensava que poderia ser um fenómeno entre o público. Por outro, acreditava que “ninguém iria estar interessado naquilo”, contou mais tarde à revista “IndieWire”. Parece que o seu lado otimista estava correto, visto que se tornou num dos marcos mais importantes do cinema naquela década.
O filme independente faturou 21 milhões de euros em bilheteira mundialmente — o budget foi de apenas 2,35 milhões. Seguiram-se duas sequelas: “Antes do Anoitecer”, de 2004, e “Antes da Meia-Noite”, de 2013. Juntas, ambas as produções arrecadaram 37 milhões de euros em todo o mundo — e têm uma pontuação de 94 e 98 por cento, respetivamente, no Rotten Tomatoes. O primeiro filme mantém um imaculado 100 por cento.
Agora, neste mês de abril, em conversa com a mesma revista, o ator de 53 anos revelou que está “definitivamente” aberto a participar no quarto capítulo da saga criada por Richard Linklater. “A razão pela qual estes filmes resultaram daquela maneira é porque nós os três tínhamos a mesma opinião. Teríamos de ter todos a mesma vontade para regressarmos”.
Filmados (e ambientados) com intervalos de nove anos, as obras narram o relacionamento romântico entre Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy) em três períodos das suas vidas. O realizador de todos os projetos foi Richard Linklater, que no currículo também conta com participações em “Boyhood”, gravado ao longo de 12 anos — e que inclui o mesmo Ethan no elenco
Os filmes da saga “Before”, à imagem do que acontece com a restante obra de Linklater, são considerados minimalistas, com monólogos e diálogos extensos entre as personagens. A última longa-metragem deu ainda origem a “After Before”, um documentário onde o processo das gravações é apresentado aos espectadores.
Ethan Hawke está atualmente a promover “Wildcat”, que foi realizado pelo próprio. Embora ainda não haja data de estreia para Portugal, já está a ser apresentado em alguns meios dos Estados Unidos.
Trata-se de um biopic da autora Flannery O’Sullivan, cujo papel foi entregue a Maya Hawke, a filha do ator/realizador, que ficou encarregue de encarnar a falecida escritora norte-americana.
Nestas histórias, Maya teve de protagonizar duas cenas de sexo, uma com Rafael Casal e outra com Cooper Hoffman. Leia o artigo da NiT para descobrir como é que Ethan Hawke realizou estas cenas mais vulneráveis da filha.
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