Ao 19.º dia do polémico julgamento que opõe Johnny Depp a Amber Heard, voltaram a ouvir-se mais testemunhas. Tracey Jacobs, ex-agente e amiga do ator, participou na sessão através de um depoimento gravado que passou no tribunal de Fairfax, na Virgínia, nos Estados Unidos da América, na sexta-feira, 20 de maio.
No vídeo explicou porque não tinha sido o artigo assinado por Amber Heard (em que dava a entender que tinha sido vítima de violência doméstica por parte do ator) o motivo por Depp ter perdido vários trabalhos em produções de Hollywood.
“No início as equipas amavam-no porque sempre foi ótimo a trabalhar com todos. Mas ninguém gostava de ficar horas e horas à espera que a estrela do filme aparecesse. Isso deixou as pessoas relutantes em chamá-lo para trabalhos”, explicou Tracey Jacobs, citada pela revista “Rolling Stone”.
O uso de álcool e drogas fez com que o ator apresentasse um “comportamento pouco profissional em que aparecia constantemente tarde em praticamente todas as gravações de filmes”.
Jacobs também nunca chegou a perceber porque tinha sido demitida. “Na verdade não sei. Tudo o que sei é que ele demitiu essencialmente todos da sua vida.”
Neste depoimento, Jacobs abordou ainda a questão financeira. Disse que em 2016 Johnny Depp apareceu na agência, a United Talent Agency, e pediu que lhe fossem entregues 20 milhões de dólares. “A pergunta não foi feita como se de um empréstimo se tratasse.”
Segundo Jacobs, os colegas da agência informaram que não se tratavam de um banco, mas que o ajudaram a conseguir um empréstimo através do Bank of America.
Noutro testemunho deste dia, Josh Mandel, ex-gerente dos negócios do ator, revelou que a situação financeira de Johnny Depp já era complicada desde 2015. Aconselhou-o a reduzir os gastos, mas tal nunca chegou a acontecer enquanto trabalhou com o ator.
“Tornou-se claro que ao longo do tempo passaram a haver problemas com álcool e drogas. Isso traduziu-se num comportamento mais errático”, alegou Mandel.
No final da sessão, a juíza Penny Azcarate voltou a apelar ao júri do caso para não ler ou ver nada sobre o assunto. Pediu também a Depp e Heard que não publicassem nada nas redes sociais ou fizessem declarações públicas.
O julgamento retoma esta segunda-feira, 23 de maio, naquela que se espera que seja a última semana antes das deliberações finais do júri.