“Cinema Medo”, a experiência imersiva de medo e terror que ocupou o Cinema São Jorge durante várias datas no ano passado está de volta ao mesmo espaço emblemático de Lisboa. O espetáculo que combina teatro e cinema com uma competição com os membros do público vai ser apresentado a 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de janeiro.
As sessões acontecem a cada hora, a começar entre as 20 e as 23 horas. Em cada sessão podem participar 36 pessoas. Os bilhetes encontram-se à venda online e na própria bilheteira do Cinema São Jorge. A experiência é aconselhada para maiores de 16 anos.
O projeto começou a ser idealizado em 2019, quando a EGEAC desafiou o encenador, dramaturgo e ator Michel Simeão, criador do Projeto Casa Assombrada — que se tem precisamente dedicado à oferta de atividades imersivas de terror — a pensar em algo para o São Jorge.
“Fiz uma proposta que combina cinema, mais dentro do género do terror, com uma experiência de percurso a que chamo mais de ‘pesadelo’ do que propriamente ‘terror’”, explica Michel Simeão à NiT. “O público já se foi habituando que nós nunca nos repetimos e cada coisa que fazemos tem um mundo e contexto próprio — e está sempre diretamente relacionado com os próprios espaços, nós trabalhamos em site-specific.”
Aqui, puderam usar praticamente todo o edifício do Cinema São Jorge, que vai ser o palco para esta peça de teatro dinâmica e imersiva. A experiência arranca com a exibição de uma curta-metragem.
“Vai funcionar como uma espécie de inception. Vais poder ver aquilo por que alguém já passou e por que tu, espectador, eventualmente também vais passar. Essa é a premissa. Vamos ver uns laivos do que poderão vir a encontrar ao longo desta experiência.”
Depois, há um percurso até ao “pesadelo e trauma da protagonista desta narrativa”. Michel Simeão assegura que vai ser um medo mais psicológico e menos de “scary jumps, do susto atrás da porta ou daquele choque mais imediato”.
O elenco é composto pelo próprio Michel Simeão, Rita Ruaz, Luísa Fidalgo, Inês Melo, Joana Sapinho, Marco Augusto, Miguel Sousa, Miguel Mateus e Ricardo Denzel. Leia o artigo da NiT para descobrir mais sobre a história deste “pesadelo” imersivo.