“O Fiel Jardineiro” (2005), filme dirigido por Fernando Meirelles, baseado no romance homónimo de John le Carré, chegou esta quinta-feira, 1 de agosto, à Netflix.
Com um orçamento de 20 milhões de euros, arrecadou 85 milhões nas bilheteiras. No ano seguinte à estreia, esteve nomeado a quatro Óscares: Melhor Guião, Melhor Edição, Melhor Banda Sonora e Melhor Atriz Secundária. Rachel Weisz, que na altura tinha 35 anos, venceu este último galardão.
A história gira em torno de Justin Quayle, interpretado por Ralph Fiennes, que é um diplomata britânico e um amante da jardinagem. A sua vida muda drasticamente quando a mulher, Tessa, interpretada por Rachel Weisz, é assassinada enquanto investiga uma conspiração relacionada a testes de medicamentos em Lagos, Nigéria.
Quando é encontrada morta no deserto, as provas apontam a culpa para Dr. Arnold Bluhm (Hubert Koundé), um amigo do casal, mas é logo esclarecido que ele não é o assassino. Após a morte de Tessa, Justin embarca numa jornada de descoberta que o leva a confrontar as realidades do mundo em que vive e a importância de lutar por justiça.
A narrativa é marcada por flashbacks que revelam a complexidade do relacionamento do casal, enquanto a história principal se desenrola num thriller intrigante e emocionante — bem ao estilo de John le Carré.
Com um elenco forte e uma direção visualmente impactante, “O Fiel Jardineiro” combina drama, romance e crítica social de maneira eficaz, levando o público a refletir sobre os temas da moralidade, poder e exploração.
Fernando Meirelles, o realizador, foi também responsável por produções como “Cidade de Deus”, “Ensaio Sobre a Cegueira” e “Dois Papas”. Além de Fiennes e Weisz, o elenco inclui nomes como Danny Huston, Daniele Harford, Bill Nighy e Donald Sumpter, entre outros.
“Ralph Fiennes teve uma das melhores prestações do ano neste filme”, escreveu, na altura, a “New York Magazine”. “Há um incrível pulso de energia neste filme, uma voltagem que nos eletriza durante duas horas”, sublinhou, por sua vez, o “The Guardian”.