O filme “Project X”, lançado em 2012, deixou toda a gente com vontade de ir a uma festa tão louca quanto aquela, com muito álcool, comida e boa música — e outras substâncias pelo meio.
Infelizmente, muitos não tiveram oportunidade de concretizar esse sonho. É aqui que entra a magia do cinema que nos transporta para outras realidades. Depois do fenómeno protagonizado por Miles Teller, surgiram muitos outros filmes que retratam folias inesquecíveis (e com muito drama). O caso mais recente é “House Party”, que chega este sábado, 2 de março, à Netflix.
“Incumbidos de limpar a mansão de LeBron James, dois aspirantes a promotores decidem resolver os seus problemas financeiros com uma farra de arromba”, lê-se na sinopse divulgada pela plataforma de streaming.
O profissional do basquetebol, que joga atualmente pelos Los Angeles Lakers, é muitas vezes referenciado ao longo da obra, visto que grande parte da narrativa se desenrola na sua casa. Também desempenhou um papel relevante na criação da longa-metragem — é um dos produtores.
“LeBron James esteve nas gravações dois ou três dias, mas sempre muito focado”, explica Jacob Baltimore, um dos protagonistas. Muitas vezes, as filmagens terminavam pelas cinco da manhã, mas isso não impedia o King James (como também é chamado) de ir ao ginásio. Depois, repetia o treino antes de regressar ao set, pelas 16 horas.
Os atores ficaram tão inspirados pela sua dedicação que, um dia, decidiram juntar-se ao atleta. “Não aguentámos nem metade do treino, mas tive a melhor noite de sono da minha vida”, brinca.
Muitos consideram que uma festa só é verdadeiramente bem sucedida se tiver muitas celebridades entre os convidados. E, em “House Party”, não faltam rostos conhecidos, como Mya, Snoop Dogg, Tinashe, Lil Wayne e Kid Cudi que, para Jacob Baltimore, teve a melhor prestação.
“Ele representava muito bem, e a certa altura disse-lhe que não me ia roubar os holofotes, então dei tudo de mim. Nós já éramos amigos, por isso tínhamos uma competição saudável. Ele estava totalmente focado em cada cena que gravava”, recorda.
Se o título “House Party” não lhe é estranho, é muito provável que tenha crescido nos anos 80. Trata-se de um reboot de uma saga que, originalmente, arrancou em 1990 e terminou em 1994, tendo sido lançados três filmes. Teve um grande impacto cultural, especialmente entre a comunidade negra — os protagonistas eram maioritariamente afro-americanos.
“No início, estávamos muito nervosos. Afinal, estávamos a recuperar um grande legado”, confessa o ator de 27 anos. O primeiro dia de gravações serviu para fazerem “alguns ajustes”. Do segundo em diante, tudo correu perfeitamente: “O elenco dava-se bem, a química era perfeita e a cinematografia fantástica, assim como o guarda-roupa. Percebemos logo que estávamos a fazer algo bom”, acrescenta.
Este sentimento inicial de ansiedade é partilhado por Rotimi, outra das estrelas. Estava ciente de que a saga original tinha colocado “a faísca muito alta”. A única solução era fazerem algo ainda melhor. “Nós somos todos muito talentosos e competitivos. Foi um bom desafio”, afirma.
Trata-se de um remake adaptado ao mundo em que vivemos e aborda tópicos relevantes nos dias que correm. “Também inclui homenagens ao filme original, a outras obras dos anos 90 e a momentos importantes daquela década. É uma mistura entre o novo e o velho”, resume.
Caso também esteja a pensar dar uma festa de arromba em casa, pode sempre seguir os conselhos do ator, que diz o que é essencial para uma farra memorável: “a energia é o fator principal, e a música e a comida também são importantes. Para mim nunca pode faltar o hookah. Sou de Atlanta e isso encontra-se em todo o lado”, brinca. Acima de tudo, é imperativo que os convidados se sintam confortáveis, que se divirtam, tenham espaço para dançar e que “haja um bom rácio entre homens e mulheres”.
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