Desde a estreia de “Beetlejuice” em 1988, Winona Ryder participou em mais de 60 filmes e séries. Durante mais de três décadas, a obra de Tim Burton que a lançou para a fama nunca saiu da sua mente. “Estava constantemente a pensar no futuro da Lydia e em como estaria neste momento”, revela em entrevista ao programa “Good Morning America”, do canal norte-americano ABC.
O destino da personagem é revelado na sequela “Beetlejuice Beetlejuice”, que chegou esta quinta-feira, 5 de setembro, às salas de cinema nacionais. Agora, a protagonista Lydia está casada com Rory, interpretado por Justin Theroux.
“Fiquei surpreendida ao vê-lo, pois nunca imaginaria que a Lydia tivesse casado. Isso forneceu-me toda a informação que precisava, uma vez que, quando a interpretei, ela era muito vulnerável e não deixava ninguém entrar no seu mundo. Sinto que todos nos podemos identificar com isso”, afirma a atriz de 52 anos.
Delia Deetz, a madrasta da jovem gótica, volta a ser encarnada por Catherine O’Hara. Apesar de continuar excêntrica, a sua personagem mostra-se um pouco mais contida nesta sequela. “Delia cresceu e amadureceu, mas ainda acredita no seu talento artístico, mesmo que ninguém o reconheça”, comenta O’Hara. “Tem uma galeria enorme, que, com certeza, foi financiada pelo marido.”
Jenna Ortega, que interpreta Astrid Deetz, a filha de Lydia, destaca que a exposição artística é um dos pontos altos do filme, novamente realizado por Tim Burton. A atriz de 21 anos espera que os espectadores prestem atenção às peças expostas. “São maravilhosas”, descreve.
A personagem de Ortega é a mais equilibrada da família, referindo que “é a mais normal”. Apesar disso, mantém a força e coragem características da mãe e da avó. “Sabe por onde quer seguir, mas, certamente, não irá pelo mesmo caminho que Delia ou Lydia.”
Descobrimos que tem um relacionamento muito complicado com o pai, que Justin Theroux descreve como sendo “incrivelmente burro e tóxico”. Para se preparar para o papel, inspirou-se nos namorados que a mãe solteira lhe apresentava na infância. “Eram condescendentes e idiotas. Abordavam-me de forma sarcástica, como se me conhecessem”, recorda.
Todos os elementos do elenco têm uma ligação especial com o filme, pois fez parte das suas adolescências. Jenna, contudo, descobriu a produção de uma forma mais engraçada. Afinal, cresceu numa altura em que “Beetlejuice” já tinha sido lançado há mais de 15 anos. “A minha primeira interação com este universo foi numa festa de Halloween, quando tinha seis anos”, conta.
Ortega vestiu-se de Dorothy, do “Feiticeiro de Oz”, e reparou num homem bêbado, na casa dos 40 anos, com uma maquilhagem “assustadora” inspirada na personagem de Michael Keaton, que regressa como o fantasma na sequela.
“Tive pesadelos com aquele homem durante semanas, sempre a imaginá-lo a sair de debaixo da minha cama e a oferecer-me sumo de uva.” Contudo, quando assistiu ao filme quatro anos depois, percebeu que “não era tão assustador assim”. “O Michael livrou-me das minhas insónias”, brinca.
As primeiras críticas a “Beetlejuice Beetlejuice” têm sido bastante favoráveis. No agregador Rotten Tomatoes, o filme alcançou uma avaliação média de 78 por cento, comparado com os 82 por cento do original. “O filme revela que Burton está de volta ao seu estilo assustador”, afirma o “USA Today”. “É uma obra muito divertida, repleta de humor negro, reviravoltas inteligentes e muitas situações sobrenaturais. Não se leva demasiado a sério, sendo uma sequela satisfatória que honra o original, enquanto introduz novos elementos”, elogia a revista “Hey U Guys”.
Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em setembro nas plataformas de streaming e canais de televisão.