Ouve-se falar em criador de “This Is Us” e os fãs seguem cegamente — independente do que for, já se sabe que vai ser muito bom. Foi esta a reação geral do público, mas também dos críticos, quando começaram a ser divulgados pormenores de “Isto é Vida!” no início do ano.
O filme, que chegou aos cinemas portugueses a 22 de novembro, tem no elenco Oscar Isaac, Olivia Wilde, Annette Bening, Antonio Banderas e Mandy Patinkin. Samuel L. Jackson é uma espécie de bónus e participa como narrador. Até aqui parece tudo perfeito e melhora quando se conhece a sinopse.
Um homem e uma mulher conhecem-se na faculdade, apaixonam-se e esperam em Nova Iorque, Estados Unidos, o primeiro filho. Claro que há uma sequência de acontecimentos inesperados que vai afetar a vida de toda a gente, incluindo pessoas de outros continentes que parecem não ter qualquer ligação entre si. O argumento denuncia logo Dan Fogelman como o autor. Perfeito, pensou toda a gente. Vai ser um projeto à imagem de “This Is Us”: bonito, triste, cru, real e incrivelmente bem escrito.
Estas expectativas tinham outra razão de ser. Fogelman escreveu em 2011 o refrescante e divertido “Amor, Estúpido e Louco”, com Steve Carell, Ryan Gosling, Emma Stone e Julianne Moore. Além disso, “Danny Collins — Nunca é Tarde”, o primeiro filme que realizou, em 2015, recebeu bastantes elogios.
Contudo, “Isto é Vida!” foi arrasado assim que os primeiros críticos norte-americanos começaram a ver o filme. Dividido em quatro partes e um epílogo, todos concordam que a história é um desenrolar de clichés e sobretudo de desgraças. Há quem não tenha dúvidas de que é o pior filme do ano.
Para quem não quiser ficar condicionado antes de ir ao cinema, o melhor é parar de ler por aqui, porque o que se segue não poupa a narrativa mas sobretudo quem a inventou, Dan Fogelman.