A partir desta sexta-feira, 17 de março, já pode ver o filme que conta a história real do “Estrangulador de Boston”. Realizado e escrito por Matt Ruskin, a produção está disponível na plataforma de streaming Disney+.
O Estrangulador de Boston foi o nome com que ficou conhecido um assassino em série que matou 13 mulheres na década de 60 naquela área do estado norte-americano de Massachusetts. Inicialmente acreditava-se que seriam 15 vítimas, mas depois concluiu-se que duas delas não teriam sido alvos deste serial killer.
Albert DeSalvo era o homem que, entre 1962 e 1964, cometeu todos estes crimes. A maioria das vítimas — mulheres de todas as idades, dos 19 aos 85 anos — foram agredidas sexualmente e depois estranguladas. Daí que o assassino tenha ficado com esta alcunha.
Também lhe chamaram o “Mad Strangler of Boston”, “Phantom Fiend” ou “Phantom Strangler”, mas acabou por ficar “Boston Strangler” — ou seja, “Estrangulador de Boston” — graças ao trabalho das jornalistas Loretta McLaughlin e Jean Cole para o jornal “Record American”, que assim o nomearam e foi o nome que acabou por permanecer.
O novo filme acompanha sobretudo o trabalho das repórteres enquanto acompanham o caso que aterrorizou Boston. Há relatos de que várias mulheres deixaram a cidade, e muitos moradores compraram gás lacrimogéneo para se protegerem ou instalaram fechaduras novas.
DeSalvo só foi apanhado quando violou uma mulher que decidiu não estrangular. Até aí, não havia quaisquer suspeitas sobre o ex-militar, que já tinha no cadastro os crimes de roubo e agressão. O depoimento dessa mulher foi essencial para que a polícia conseguisse identificar DeSalvo.
Quando a sua foto foi divulgada, várias outras vítimas que tinham sido deixadas vivas identificaram-no como o homem que as tinha violado. Foi quando estava detido, sem que ninguém estivesse à espera, que Albert DeSalvo confessou por si próprio que era ele o Estrangulador de Boston.
A polícia não acreditou de imediato na sua palavra, mas eventualmente perceberam que só o assassino poderia conhecer tantos detalhes sobre os crimes — muitos dos quais nunca tinham sido divulgados ao público. DeSalvo contava histórias às vítimas para que elas abrissem as suas portas — fingiu ser um detetive, por exemplo, mas também um homem cujo carro tinha avariado.
Graças à confissão, DeSalvo foi condenado por prisão perpétua em 1967 — embora tenha fugido pouco tempo depois quando esteve num hospital. O incidente originou uma autêntica caça ao homem, mas o assassino acabou por se entregar e foi movido para uma prisão de máxima segurança. Acabaria por morrer em 1973, com 42 anos.
Como o caso se baseou substancialmente na sua confissão, vários detalhes não conseguiram ser provados. Vários detetives acreditavam que os crimes tinham de ter sido cometidos por mais do que um assassino — embora nunca outra pessoa tenha sido detida ou acusada pelos homicídios e violações. Logo em 1968 estreou um filme sobre o caso — sendo que se tornaria um assassino recorrente na cultura pop e referenciado noutras produções cinematográficas.
O novo “Estrangulador de Boston” inclui ainda atores como David Dastmalchian, Alessandro Nivola, Chris Cooper, Rory Cochrane, Peter Gerety, Robert John Burke, Ryan Winkles, Morgan Spector ou Michael Malvesti, entre outros.