Se lhe perguntarem, ela já tem a resposta: “Podem procurar outra pessoa, que sou demasiado vaidosa e este corpo já teve duas crianças por isso prefiro não estar nua em frente de um grupo de homens”.
Aos 35 anos, e já com um curriculum de respeito, que incluiu algumas cenas íntimas no grande ecrã, a atriz britânica Keira Knightley assume que não está disponível para filmar cenas intimas — isto se forem homens a filmar. Caso se trate de uma realizadora a pedir, o caso será analisado.
Foi no podcast Chanel Connects, onde esteve à conversa com a realizadora Lulu Wang e a argumentista Diane Solway, que Knightley deu conta da sua posição. “Agora já me sinto muito desconfortável em representar a visão masculina”, afirmou. Com alguma ironia à mistura, acrescentou ainda: “Sim, percebo em como o sexo seria muito bom neste filme e que basicamente só precisas de alguém que pareça sexy”.
A atriz explicou, porém, que não “baniu em absoluto” a ideia. Mas de certa maneira já o fez quando se tratam de homens a realizar. “Se estivesse a fazer uma história sobre a maternidade, sobre a aceitação do corpo, lamento mas sinto que só poderia ser com uma mulher a realizar”.
Para Keira Knightley há aqui algo que vem de antes. “Nós sentimos muita empatia pelos homens porque, culturalmente, a sua experiência tem sido explorada. Sabemos tantos aspetos da sexualidade masculina. Mas não sentimos que eles possam dizer o mesmo porque viram um filme ou uma peça ou uma série do nosso ponto de vista”.
A atriz de “Piratas das Caraíbas”, nomeada duas vezes aos Óscares, é mãe de duas meninas (Edie, de cinco anos, e Delilah, de um) com o músico James Righton, dos Klaxons. O seu próximo filme é “Silent Night”, da realizadora Camille Griffin, cujas filmagens já terminaram mas ainda não tem data de estreia.