Uma gravidez pode ser uma experiência de felicidade e anseios, de medos e preocupações. Julie Rivers é uma jovem mãe a passar por tudo isso, mas não pela primeira vez. Após uma gravidez que terminou com a morte do bebé, a jovem é aconselhada a aguardar pelo seu primeiro filho em repouso absoluto. Nove meses de total e absoluto repouso.
Tudo isto coincide com a mudança para uma nova casa, onde passa a maioria do tempo confinada numa cama, quase sempre sozinha, enquanto o marido Daniel vai trabalhar. Aos poucos, Julie começa a aperceber-se de que há algo de estranho no interior da casa e que tem por companhia mais do que apenas o gato.
É este o cenário do mais recente filme de terror a chegar às salas de cinema portuguesas. “Repouso Absoluto” estreou quinta-feira, 29 de dezembro, e tem como protagonistas Melissa Barrera (“Gritos”) e Guy Burnet (“Ray Donovan”).
O filme de terror e mistério tem a assinatura da produtora e argumentista Lori Evans Taylor (“Final Destination 6”), que realiza e escreve esta história. O elenco conta também com Edie Inksetter, Sebastian Billingsley-Rodriguez e Erik Athavale.
Barrera, a atriz principal, foi convidada pelos produtores, que também estão ligados ao mais recente remake de “Gritos”, no qual participou. Convidada a ler o guião, aceitou de imediato. “É raro encontrar um guião de um thriller com laivos de terror que também é capaz de te emocionar. Senti que era algo especial”, conta à “Collider”.
Mais do que um terror explícito, “Repouso Absoluto” apoia-se na vertente psicológica para induzir medo nas personagens e nos espectadores. “Assusto-me muito mais com terror psicológico, até porque ficas a pensar: isto podia acontecer comigo.”
A história começou a ser imaginada por Lori Evans Taylor há uma década, a partir de uma experiência pessoal. “Tinha acabado de ter a minha filha, passava muito tempo em casa e comecei a sofrer de claustrofobia, a ficar inquieta, deprimida. Apesar de nunca ter estado em repouso absoluto, conheço pessoas que passaram por isso e pensava muito nelas”, conta. “Cresci a ver filmes de terror e imediatamente pensei que poderia ser a base de um filme.”
Mais do que atividades sobrenaturais e sustos, o filme toca também nos problemas psicológicos que podem advir do luto, sobretudo do luto gestacional, e a forma como isso pode afetar uma mulher.
“Eu e o meu marido passámos por uma morte fetal. As coisas correram muito bem e no final correu tudo muito mal. Passámos por um período de luto. Foi tudo muito traumático.” Tudo isso foi passado também para o guião e sobretudo para as duas personagens principais.
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