A saga erótica polaca “365 Dias”, tão polémica quanto popular, regressa à Netflix esta sexta-feira, 19 de agosto. O terceiro e último filme, “Mais 365 Dias”, já se encontra disponível e promete ser mais um sucesso da plataforma de streaming. A produção prolonga-se durante uma hora e 53 minutos.
Como todos aqueles que já assistiram a um dos filmes desta história saberão, não existe uma grande narrativa. Sabemos que, neste terceiro capítulo, a protagonista Laura recuperou dos ferimentos do último filme.
A relação dela com Massimo não está num bom momento. Então Laura decide voltar a focar-se na sua carreira e regressa ao mundo da moda. Quando isso acontece, Nacho — o gangster rival de Massimo e pretendente de Laura — volta à ação, deixando-a confusa.
Será que Laura quer continuar com Massimo, que já provou ser tóxico, controlador e abusivo? Será que arrisca envolver-se com Nacho? Ou será que nenhuma das opções faz sentido e deveria embarcar numa nova jornada de vida? As decisões não prometem ser fáceis.
Como a autora dos livros, Blanka Lipinska, explicou em entrevista à NiT, estes filmes têm-se desviado significativamente da narrativa da obra. Porém, haverá sempre pontos em comum. No terceiro livro, editado na Polónia em 2019, Laura e Nacho envolvem-se mesmo.
Laura adota um cão chamado Prada, que sofre da raiva de Massimo, que o mata para avisar a antiga amante do perigo que pode enfrentar. Num casamento a que todos vão, Massimo leva uma acompanhante vistosa para provocar ciúmes a Laura. Acaba por a conseguir virar contra Nacho. A grande questão é: com qual dos dois vai ficar no final da história?
“Desde o início que eles tiveram esta relação muito forte, mas neste filme… há outra personagem a tentar criar problemas entre eles”, explicou o ator Michele Morrone em entrevista ao programa “Good Morning America”. “E o Massimo não é uma pessoa muito simpática no que diz respeito a proteger a sua mulher.”
Tal como nos filmes anteriores, o enredo vai acabar por funcionar como fio condutor entre as múltiplas (e longas) cenas íntimas explícitas, que desde sempre foram o grande chamariz da saga. Embora também tenham desencadeado toda a controvérsia.
O filme foi acusado de contribuir para a cultura da violação, num abaixo-assinado enviado à Netflix que apelava a que “365 Dias” fosse retirado do catálogo. A cantora Duffy também se dirigiu publicamente à empresa e arrasou o filme por romancear “a brutal realidade do tráfico sexual”. A plataforma recusou as alegações, lembrando o aviso que alerta para as cenas de sexo e violência, e explicando que era um conteúdo adquirido, não uma produção própria.
Em declarações à NiT, a autora Blanka Lipinska defendeu que esta é a melhor parte da história. “Sobre o livro, acredito que a terceira parte é a melhor. É a minha favorita, tem muita ação, é uma montanha-russa de emoções. Vai ter mais ação do que o segundo livro e filme, que têm muito sexo.”
Apesar de este ser o derradeiro capítulo da saga de “365 Dias”, a escritora já prepara um novo filme erótico, baseado noutra das suas histórias reais.
“Também será erótico, mas com uma história totalmente diferente. Já escrevi o guião, terminei-o no início do ano, e se tiver tempo e energia vou ao set de gravações no outono — penso que os fãs irão ter oportunidade de conhecer o meu novo bebé no próximo ano. O título é “One” e a história é sobre uma escritora e um guitarrista famoso. O meu ex-namorado era um guitarrista conhecido [risos]. Decidi criar uma narrativa sobre a nossa história porque os media e os fãs na Polónia ficaram muito curiosos sobre como foi, porque é que acabámos, etc.. Penso que ainda vai ser melhor do que o ‘365 Dias’.”
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