Cinema

É oficial: Michael B. Jordan e Ryan Coogler são a dupla mais inseparável de Hollywood

O ator foi protagonista de todos os filmes da carreira do realizador. Cinco filmes, a contar com o novo, que chega aos cinemas esta quinta-feira.
A dupla voltou.

Martin Scorsese tem Robert De Niro, Pedro Almodóvar tem Penélope Cruz e Ryan Coogler tem Michael B. Jordan. Em 12 anos, a dupla já colaborou em cinco filmes — desde “Creed” a “Black Panther” — e, agora, voltam a juntar-se em “Pecadores”. A obra estreia a 16 de abril nos cinemas.

Desta vez, o ator surge em dose dupla e interpreta dois irmãos gémeos: Smoke e Stack, dois gangsters ambiciosos que querem deixar a vida do crime para trás para se dedicarem à música — até serem surpreendidos por um novo desafio que os faz voltar às raízes. Reencontrar-se com Jordan foi uma escolha óbvia para Coogler porque a parceria entre ambos sempre foi bem-sucedida, tanto comercialmente como entre a crítica especializada.

Michael soube que tinha de aceitar o convite porque o cineasta já não é apenas um colega, mas sim um amigo — e “Pecadores” é o filme mais vulnerável de Coogler, não fosse inspirado pela história da sua própria família, na década de 1930. “Este é um trabalho muito pessoal para ele e, sinceramente, sinto que tudo o que fizemos até agora preparou-nos para este desafio”, contou à “Comic Book Room”. “É quase como uma carta de amor ao tio dele que o apresentou aos blues.”

Numa indústria em constante mudança como Hollywood, poucas são as parcerias que resistem ao tempo. Mas afinal, qual é o segredo para uma boa colaboração? Segundo Ryan Coogler, a resposta está no facto de ter jogado futebol americano na universidade. “Às vezes tinha quatro ou cinco quarterbacks diferentes numa só época e isso era complicado. Fez-me valorizar verdadeiramente o quão importante é a química com os outros quando a encontramos”, disse, desta vez, ao “The New York Times”.

O primeiro encontro entre Michael e Ryan aconteceu em 2012, durante os castings para “Fruitvale”. O drama foi o primeiro trabalho de Coogler como realizador e também o primeiro de Jordan como ator principal. A narrativa acompanhava Oscar, um jovem que acaba por ser preso após alguns problemas com a lei. Depois de sair da cadeia, sem emprego e sem dinheiro, tenta reerguer-se para sustentar a namorada e a filha.

O final trágico do protagonista deixou os espectadores em lágrimas, mas acabou por ser o ponto alto da produção, que foi elogiada internacionalmente. No agregador de críticas Rotten Tomatoes, conta com uma avaliação de 94 por cento.

“Sabia que o Michael ia ser excelente no filme, mas foram todas as outras qualidades que me deixaram surpreendido. Ele foi gentil, respeitador, responsável e dedicado à excelência. Decidimos desde o início que íamos fazer algo incrível”, explica o cineasta.

Após a estreia do filme, o ator tornou-se estrela de grandes produções de Hollywood, como “Quarteto Fantástico” e “Raising Dion”. No entanto, está ciente de que o sucesso na indústria apenas foi possível graças à confiança que Ryan depositou nele na altura em que trabalharam juntos pela primeira vez.

“Representar é uma viagem solitária e temos de ouvir muitos ‘nãos’ ao início. Comecei jovem e estava a tentar descobrir quem era num setor que, durante muito tempo, limitava o que eu podia ser. Quando eu estava a pensar largar tudo, ele disse-me que acreditava em mim. Isso deu-me a confiança e a segurança de que precisava”, recorda.

Após 12 anos de trabalho, prémios e milhões de euros arrecadados, a dupla garante que não vai parar em breve. Afinal, são “farinha do mesmo saco”. “Começámos a fazer filmes ao mesmo tempo e temos uma química que não dá para explicar. Quando alguém te sabe inspirar, fazes de tudo para manter isso vivo. Ele é quase como um treinador e coloca-me sempre em posição de ganhar.”

Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em abril nas plataformas de streaming e canais de televisão.

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