“Raios, já tenho 90 anos. Já nem consigo andar direito.” Foi desta forma que Michael Caine explicou ao “The Telegraph” que o seu próximo trabalho será provavelmente o último. Uma admissão de que a entrada na reforma está para breve — mesmo que tardia.
O ator apresentou-se de bengala nas filmagens da história verídica de Bernard Jordan, veterano britânico da Segunda Guerra Mundial que fugiu do lar onde morava para assistir às comemorações do 70º aniversário do Dia D em França. “Fiquei tão feliz. Adorei a personagem do Bernie. Achei-o incrível e está tão bem escrito”, comentou sobre “The Great Escaper”.
“Deram-me uma bengala ótima e fui capaz de fazer cenas que precisavam disso mesmo. Gravava as cenas só uma vez e depois caía. Só um take e está feito”, comentou.
Sobre a sua carreira e o legado que deixa, Caine é sincero. “Tive a melhor vida possível, melhor do que alguma vez poderia ter imaginado. Tive a melhor esposa, a melhor família. Talvez não seria a melhor família na opinião da maioria das pessoas, mas foi a melhor para mim.”
Caine já tinha insinuado que o seu filme anterior seria o último. Durante uma entrevista à “BBC” revelou que “Best Sellers” — filme onde interpreta um escritor reformado, ao lado de Aubrey Plaza —, seria o derradeiro. “Curiosamente, acabou por se tornar no meu último papel. Já não trabalhava há dois anos e tenho um problema na coluna que afeta as minhas pernas, não consigo andar em condições”, explicou.
“Também escrevi um par de livros que foram publicados e que tiveram sucesso, por isso, agora não sou ator, sou escritor”, notou. “E também não chovem convites nem guiões para um protagonista com 88 anos.”
Horas depois da notícia ter percorrido o mundo, os representantes do ator intervieram para negar a reforma de Caine e acrescentar que o ator apenas se referia a papéis de protagonista.
