Morreu Fernando Fragata, cineasta português, aos 58 anos. A notícia foi adiantada pela Academia Portuguesa de Cinema esta sexta-feira, 8 de novembro, através das redes sociais, mas não foi revelada a causa da morte.
O realizador ficou conhecido pelo trabalho em “Pesadelo Cor-de-Rosa”, onde também foi produtor, argumentista, editor e autor da banda sonora. Lançado em 1998, contava com Diogo Infante, Catarina Furtado e Luísa Barbosa no elenco.
Apesar das inúmeras críticas negativas, a obra foi um sucesso no cinema e, na altura, foi vista por mais de 185 mil espectadores, tendo-se tornado no sexto maior êxito da história do cinema português. Com o passar dos anos, este valor foi ultrapassado por outras produções, mas ainda se mantém no top 20 dos mais vistos de sempre.
Outro grande fenómeno da filmografia nacional foi “Sorte Nula”, um thriller de 2004 com Helder Mendes, António Feio, Rui Unas, Isabel Figueira, Adelaide Sousa, Tânia Miller, Bruno Nogueira, Carla Matadinho e Pedro Teixeira. O filme foi visto por cerca de 75 mil espectadores.
Fernando Fragata fez história em 2010, ao realizar “Contraluz”, que foi o primeiro título português a ser gravado nos Estados Unidos da América — as filmagens decorreram, mais especificamente, nos estados do Nevada e Arizona. Joaquim de Almeida, Evelina Pereira, Scott Bailey, Skyler Day, Michael Mania e Ana Cristina Oliveira fizeram parte da obra dedicada a António Feio.
Nascido no Estoril, em 1965, iniciou a carreira como operador de câmara e steadycam, tendo colaborado com nomes como Joaquim Leitão, Quirino Simões, Ana Luísa Guimarães e Artur Ribeiro.
“Em 1995, estreou-se como realizador e argumentista com a curta-metragem ‘Amor & Alquimia’, que recebeu prémios internacionais, incluindo o de Melhor Realizador no Festival Internacional da Baía e o Prémio do Público no Festival de Sevilha”, escreveu a Academia Portuguesa de Cinema.