É, para muitos, o melhor futebolista de todos os tempos, uma figura ímpar, polémica fora de campo, genial com a bola nos pés. Esta quarta-feira, 25 de novembro, a imprensa argentina avançou com a notícia que parou o mundo: aos 60 anos, Diego Armando Maradona morreu em sua casa, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
Maradona foi muito mais do que um jogador de futebol. Foi o líder da Argentina que se sagrou campeã do mundo em 1986, em casa. Deixou a sua marca no FC Barcelona e fez do Nápoles, quase sozinho, campeão de Itália.
Tem ainda, a proeza de ter feito no mesmo jogo, nos quartos-de-final frente a Inglaterra em 1986, talvez os dois golos mais emblemáticos do futebol mundial. O golo ilegal que ficaria para a história como a “mão de Deus” e uma jogada individual em que levou pela frente praticamente toda a equipa adversária, só terminando com a bala dentro da baliza.
Ao longo dos anos, Maradona sempre assumiu os seus excessos. Festas, droga e polémicas marcaram a sua carreira e vida após pendurar as botas. Nunca se coibiu de apoiar políticos nem tão pouco de apontar o dedo à FIFA e à sua estrutura. Na Argentina, uma legião de fãs criou até uma igreja maradonista, de fiéis seguidores do futebolista. O país vai dedicar-lhe três dias de luto nacional.
A NiT sugere-lhe cinco documentários que lhe dão a conhecer um futebolista que nunca será esquecido.
“Diego Maradona” (2019)
Uma produção HBO, conduzida pelo premiado realizador Asif Kapadia, mostra-nos em “Diego Maradona” uma impressionante coleção de imagens nunca antes vistas do jogador, acompanhado de testemunhos de quem conviveu de perto com ele. O documentário mostra-nos o Maradona craque e o Maradona fora de campo, inimitável, focando-se na década de 1980, em que governou o futebol mas também aquele momento histórico para o Nápoles, “quando a cidade mais pobre de Itália comprou o jogador mais caro do mundo”. E ali nasceu uma paixão que ainda hoje é recordada nas bancadas do estádio do Nápoles.
“Maradonapoli” (2017)
Obra do italiano Alessio Maria Federici, “Maradonapoli” centra-se quase exclusivamente em Nápoles, a cidade italiana e clube que acolheram o argentino. Com testemunhos de fãs que ainda hoje se emocionam com recordações do jogador, o documentário recorda a passagem de Maradona, que fez de um clube de meio da tabela campeão de Itália.
“Amando a Maradona” (2005)
A única entrada argentina nesta lista, “Amando a Maradona” conta com a participação do próprio Maradona. É, também, um olhar próprio sobre os fãs argentino do futebolista, alguns que tatuaram no corpo para a posterioridade imagens do craque e não evitam deixar escapar lágrimas para falar do jogador. O filme aborda a paixão por quem foi das ruas pobres de Buenos Aires até ao topo do mundo do desporto.
“Maradona By Kusturica” (2008)
É a obra com traço mais pessoal destas quatro, fruto do trabalho do realizador e músico sérvio Emir Kusturica, autor de “Gato Preto, Gato Branco”. O lado político do jogador está bem evidenciado em “Maradona by Kusturica”, sem, claro, se esquecer as paixões em torno do futebolista. Kusturica acompanha Maradona e vemos o ex-futebolista em palco a discursar ao lado de figuras como Hugo Chávez. Vemos, ainda Manu Chao a dedicar uma canção ao craque argentino.
Maradona in Mexico (2019)
Esta série da Netflix acompanha Maradona já mais recentemente, quando este se mudou para Culiacán, lar do Cartel de Sinaloa, para salvar a equipa local. Em sete episódios, a série documental “Maradona in Mexico” narra a aventura de Diego no comando do Dorados, Há altos e baixos que se seguem à pequena revolução introduzida por Maradona no clube. Acima de tudo, há este olhar sobre a presença de alguém que, quando se fala de futebol, toda a gente para ouvir. E apreciar.