O ator Niels Arestrup, vencedor de três prémios César — a mais prestigiada distinção do cinema francês — morreu este domingo, 1 de dezembro, aos 75 anos, na sua casa em Ville-d’Avray, perto de Paris. A notícia foi divulgada pela sua mulher.
“Estou profundamente triste por anunciar a morte do meu marido, o grande ator Niels Arestrup, após uma corajosa batalha contra a doença. Morreu rodeado pelo amor da sua família”, escreveu Isabelle Le Nouvel.
Figura incontornável nos filmes de Jacques Audiard, como “De tanto bater o meu coração parou” (2005) e “Um Profeta” (2009) e conhecido pelos seus papéis de vilão, o francês foi distinguido com três Césares para melhor ator secundário. O último foi em 2014 pelo seu trabalho em “Palácio das Necessidades”, uma comédia política do realizador francês Bertrand Tavernier.
Arestup foi também um dos principais atores da série de televisão “Baron Noir”, em 2016. “Os Escafrando e a Borboleta” (2007), “Cavalo de Guerra” (2011) e “Diplomacia” foram outros dos filmes onde trabalhou.
Filho de um emigrante que fugiu da Dinamarca durante a Segunda Guerra Mundial, Niels Arestrup começou a atuar no cinema em 1973, mas começou a carreira no teatro. “Como se pode imaginar, sendo filho de um operário de Bagnolet, nos anos 1950, o espetáculo, o teatro e o cinema não me passavam pela cabeça”, contou o ator ao jornal “Le Figaro”; em 2021
A paixão pelo mundo do teatro surgiu através das aulas com a atriz francesa Tania Balachova. Apesar dos trabalhos no cinema e televisão, manteve-se sempre fiel aos palcos. Em 2017, venceu o Globo de Cristal para melhor ator pelo desempenho na peça “Atuação”. Já em 2020, conquistou o Prémio Molière, considerado um dos mais prestigiados prémios de teatro em França, pela interpretação em “Red”.