Philippe Pozzo di Borgo, um aristocrata e empresário francês que ficou tetraplégico e cuja história inspirou o filme “Amigos Improváveis”, um dos maiores sucessos recentes do cinema francês, morreu aos 72 anos. A informação foi avançada esta sexta-feira, 2 de junho, por Eric Toledano, um dos realizadores do filme.
“Morreu ontem à noite em Marraquexe”, afirmou Toledano, que dirigiu o filme em conjunto com Olivier Nakach. O empresário francês geria a Pommery, uma famosa marca de champanhe. Membro da aristocracia, tinha dois filhos adotivos e, em 1993, sofreu um acidente de parapente que o deixou tetraplégico.
Três anos depois, a mulher Béatrice morreu de cancro e o francês entrou em depressão. Na sequência da doença da mulher e da sua própria condição, contratou Abdel Yasmin Sellou, um jovem imigrante argelino que acabara de sair da prisão e que procurava trabalho.
“Como empresário, contratei centenas de pessoas e nunca olhei para um currículo. Olho para a pessoa e esqueço as etiquetas”, chegou a dizer di Borgo em entrevista. Na biografia publicada em 2001, conta como se libertou da depressão graças aos cuidados atenciosos de Sellou.
Um ano após o lançamento do livro, a jornalista francesa Mireille Dumas entrevistou os dois num programa de televisão e acabou por fazer também um documentário. Com base nesse filme e na autobiografia de Pozzo di Borgo, em 2011, os realizadores Olivier Nakache e Éric Toledano fizeram “Amigos Improváveis”, com François Cluzet e Omar Sy nos papéis principais.
O filme foi visto por mais de 19 milhões de espectadores em França e foi um enorme sucesso na Europa, especialmente na Alemanha, Suíça, Espanha e Itália. Haveria de ser adaptado por Hollywood com Bryan Cranston e Kevin Hart nos papéis principais.