Emma Heming Willis partilhou a sua experiência enquanto cuidadora, pela primeira vez desde que o marido, Bruce Willis, foi diagnosticado com demência. Numa entrevista exclusiva à “NBC”, publicada esta segunda-feira, 25 de setembro, a mulher do ator decidiu fazer algumas confissões, mas também participar na Semana Mundial de Consciencialização sobre a Demência Frontotemporal, em conjunto com a CEO da Associação para a Degeneração Frontotemporal, Susan Dickinson.
Durante a conversa, a esposa de Willis atualizou o estado de saúde do marido e explicou como é travar uma batalha constante contra a demência frontotemporal. “A demência é difícil. Tanto para a pessoa diagnosticada como para a família. E é igualmente difícil para o Bruce, para mim e para as nossas filhas. Quando dizem que esta é uma doença da família, é mesmo.”
Heming Willis confessou que é complicado saber se Bruce está ciente da sua condição. Em março de 2022, a família do ator de 68 anos revelou publicamente que havia sido diagnosticado com afasia, o que o forçou a uma reforma antecipada de Hollywood. O distúrbio afeta a capacidade de uma pessoa processar a linguagem e de comunicar.
Já em fevereiro de 2023, a família revelou que a sua condição tinha “progredido” e que Bruce tinha sido diagnosticado com demência frontotemporal. A DFT é diferente da doença de Alzheimer em certos aspetos. Afeta, por exemplo, uma parte diferente do cérebro — áreas de processamento de linguagem ao invés de áreas envolvidas na memória — e, por conseguinte, os sintomas apresentam-se de forma diferente.
“Pode afetar a fala, comportamentos, personalidade e aquilo a que chamamos funções executivas”, disse Dickinson. A DFT é frequentemente mal diagnosticada incorretamente, afirmou a mulher do ator, que procurou esclarecer todos os sintomas.
“Estamos a falar de mudanças inexplicáveis na forma como uma pessoa está no mundo. Alguém que normalmente fala bem e passa a ter dificuldade em transformar os seus pensamentos em frases. Ou pode deixar de perceber o significado de uma palavra específica”, explica. A doença pode também revelar-se em “dificuldades em gerir as próprias finanças, problemas no trabalho, más decisões constantes e incapacidade de completar tarefas”.
Aceitar o diagnóstico do marido foi “uma bênção e uma maldição”, confessou Heming Willis. “Consegui finalmente entender o tinha acontecido e isso ajudou-me a aceitar o que as coisas são — não torna as coisas menos dolorosas, mas estar a par do que está a acontecer ao Bruce torna tudo um pouco mais fácil.”
