Cinema

“Não foi uma agressão”. Lídia Franco diz que história com Adam Driver foi “mal-entendido”

Atriz portuguesa desmentiu-se a si própria para dizer que o colega foi "pouco delicado" mas lamenta o "desabafo".
Atriz explica episódio.

A história esteve em destaque esta semana. Durante o podcast da Rádio Comercial “Era O Que Faltava”, a atriz portuguesa Lídia Franco, de 76 anos, contou um episódio durante as filmagens de “O Homem Que Matou Dom Quixote”, de Terry Gilliam, em 2018. Ao falar de contracenar com Adam Driver, a atriz falou de uma alegada agressão do ator. “Agrediu-me, sim, na cena, mas não tinha nada a ver com a cena”, afirmou, descrevendo o episódio como uma “agressão camuflada com uma cadeira”.

Esta quarta-feira, 3 de fevereiro, numa altura em que a revelação já circulava em vários países, os produtores portugueses do filme reagiram oficialmente para abordar o tema. Agora, num comunicado enviado à NiT, a atriz vem explicar que não se tratou de uma agressão, mas sim de um “mal-entendido”.

“As nossas personagens, no filme ‘O Homem que Matou Dom Quixote’, tinham de estar fisicamente próximas”, explica a atriz. “Considerei o comportamento do ator pouco delicado porque na preparação de uma cena não teve o cuidado que julgo deveria ter tido. As nossas personagens tinham que estar fisicamente próximas e, cada vez que ele se levantava com o grande ímpeto da personagem para fazer o resto da cena, a cadeira onde estava sentado tocava-me com uma certa força, o que me incomodou.”

A atriz prossegue explicando que, não obstante o seu “incómodo e o facto de esse incómodo ser visível, o ator mostrou-se aparentemente indiferente, insistindo no mesmo comportamento”. Lídia Franco acrescenta que foi isto o que levou ao seu “desabafo”, mas “sem qualquer intenção de o prejudicar”. “Não foi uma agressão, nem nunca senti ou reportei que fosse essa a intenção do ator. Lamento todo o mal-entendido”, acrescenta ainda a atriz.

No mesmo programa, Lídia Franco revelou mais alguns detalhes sobre Adam Driver nos bastidores, entre eles a suposta exigência em não ter figurantes por perto a olhar para ele. “Ele exigia, acho que por contrato, que ninguém podia olhar para ele. Se olhassem, os figurantes eram imediatamente despedidos — o que aconteceu”. A atriz contou ainda que a produção admitiu que estava “de mãos atadas” relativamente às supostas atitudes do ator.

À NiT, e sem se referir especificamente a Adam Driver ou a Lídia Franco, a produtora portuguesa Ukbar Filmes, que esteve envolvida na produção internacional de “O Homem que Matou D. Quixote”, realçou que no contexto de produções internacionais por vezes há “incompreensões ou mal interpretações de parte a parte”.

A própria Lídia Franco já admitira à NiT esta quarta-feira ter passado a “ideia errada” ao referir a tal “agressão camuflada com uma cadeira”. Os esclarecimentos adicionais vêm dar o assunto por encerrado como um mal-entendido.

Entretanto, os portugueses podem esperar para ver o filme realizado por Terry Gilliam nos cinemas nacionais ainda este ano. 

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