Os cinemas em Portugal podem reabrir desde 1 de junho, mas não houve muitos a fazê-lo — especialmente logo nos primeiros dias. Neste momento, é possível ir ver filmes ao Cinema Medeia Nimas e ao Ideal, em Lisboa; ao Cinema Trindade, no Porto; ao ArrábidaShopping, em Vila Nova de Gaia; à sala da Cineplace na Guarda; ou às salas da Castello Lopes em Guimarães, Santarém, Torres Novas, Sintra e Barreiro.
A maior exibidora nacional, a NOS, ainda não reabriu nenhuma das suas 219 salas espalhadas pelo País. O mesmo acontece com a Cinema City e com quase todas as salas da Cineplace e da UCI Cinemas.
Assim, os números de espectadores nas primeiras duas semanas de junho são muito reduzidos. Segundo dados divulgados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), houve apenas 4644 espectadores em todo o País — e aconteceram sessões esgotadas e outras completamente vazias.
Entre 1 e 15 de junho, foram exibidos 48 filmes, que deram origem a cerca de 22 mil euros de receitas de bilheteira. A produção mais vista nas últimas duas semanas foi “Retrato de Uma Rapariga em Chamas”, com 1457 espectadores; seguida de “Family Romance, LLC”, com 272 espectadores; e o clássico “2001: Odisseia no Espaço”, que foi exibido na reabertura do Nimas, e que teve 200 espectadores.
Antes da pandemia, a média de público por mês em Portugal rondava um milhão de espectadores. Em 2019, os cinemas nacionais faturaram 83,1 milhões de euros de receita de bilheteira.
Em março, a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC) pediu ao governo e ao ICA que adiasse a data de reabertura dos cinemas para julho, tendo em conta que eram poucos os filmes disponíveis para exibir, até porque a indústria internacional está igualmente parada.