Num elenco com Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, dirigidos pelo inconfundível Martin Scorsese, é a menos conhecida Lily Gladstone que tem sido alvo de todos os elogios. Uma prova de que as centenas de pessoas que permaneceram de pé e ovacionaram “Killers of the Flower Moon” durante nove longos minutos não se terão equivocado.
“Killers of the Flower Moon” é o tão falado novo projeto de Scorsese, o seu primeiro western, e estreou no sábado, 21 de maio, no Festival Internacional de Cinema de Cannes, três dias depois do lançamento do seu primeiro teaser trailer. E cinco meses antes da agendada estreia nos cinemas, a 6 de outubro.
Eric Roth — famoso argumentista de filmes como “Forrest Gump”, “Ali” ou “Dune” — leva-nos numa viagem ao início do século XX, onde os nativos da Nação Osage lucram com a descoberta de enormes reservas de petróleo nas suas propriedades. Esta riqueza atraiu centenas de colonos e homens brancos à procura de tirar partido de todos esses recursos.
É no meio deste ambiente de ambição desmedida que acontece um cruel assassinato que vítima a família nativa de Mollie (Lily Gladstone). A suspeita recai sobre Ernest Burkhart (DiCaprio), acusado de tentar herdar os terrenos índios para dali retirar toda a sua riqueza. O filme inspira-se numa história real, contada no livro de David Grann.
A cinco longos meses da estreia, as primeiras críticas começam a chegar e parecem não deixar grande margem para dúvidas de que é mais uma enorme vitória de Scorsese, DiCaprio e De Niro. No agregador de críticas Rotten Tomatoes, “Killers of the Flower Moon” garantiu já um 95 por cento, mas mais valioso ainda é o conteúdo das críticas.
“É um filme monumentalmente longo com 206 minutos e move-se sem pressas, mas sabe sempre para onde vai e nenhum segundo é desperdiçado. É sinuoso, da velha-guarda, um clássico americano instantâneo”, escreve o “The Observer”. Já a “Rolling Stone” não pede licença e cola-lhe o selo de “obra-prima”. “Acima de tudo, é um filme de Martin Scorsese, a transbordar de reverência por uma cultura que sofreu um trauma horrível, ao mesmo tempo que se abrilhanta com floreados à história do cinema e à exploração entre o sagrado e o profano.”
“DiCaprio e De Niro estão brilhantes, mas é a relativamente desconhecida Lily Gladstone que se revela verdadeiramente extraordinária”, frisa o “The Independent”. Também DiCaprio surge novamente nos destaques, com alguns críticos a apontarem-no diretamente aos Óscares.
“No papel, parece uma tarefa impossível para DiCaprio: a figura central do filme não é um herói ou carismático fora da lei, mas um tipo comum, ambicioso, irrefletido, cujas ações inspiram repugnância e revolta. Mas ele encara o desafio com uma performance que é das mais finas e complexas da sua carreira”, elogia o “The Telegraph”.
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