O Porto/Post/Doc está de volta esta sexta-feira, 20 de novembro, para uma edição diferente, mas recheada com mais de 60 filmes portugueses e internacionais. O programa estende-se até ao sábado da semana seguinte, dia 28.
Desta vez, a programação será composta sobretudo por exibições únicas em quatro salas portuenses — é uma edição mais compacta, com menos sessões, mas que mantém a essência do festival. Vai poder ver filmes no Passos Manuel, Rivoli, Planetário do Porto e Casa Comum.
Entre as várias secções incluem-se a Transmission — dedicada à música e cultura popular —; o Cinema Novo e Cinema Falado, com destaque para a nova geração do cinema nacional; e as histórias reais da Competição Internacional.
Há ainda um programa especial chamado A Cidade do Depois, com filmes que pretendem refletir sobre os centros urbanos, o êxodo rural, as migrações, a guerra ou os guetos.
Num ano de pandemia, o Porto/Post/Doc apostou também na possibilidade de os espectadores poderem assistir aos filmes em casa, através de um sistema digital de aluguer — as produções vão sendo disponibilizadas ao longo dos dias.
A sessão de abertura do festival acontece oficialmente com o documentário “David Byrne’s American Utopia”, de Spike Lee, sobre a digressão que David Byrne fez para apresentar o álbum “American Utopia”, e que passou por Portugal, pelo EDP Cool Jazz, em Cascais.
Está marcada para as 19 horas desta sexta-feira, dia 20, no grande auditório do Rivoli. Vai haver uma repetição no dia de encerramento, 28 de novembro, às 14h30, desta vez no pequeno auditório do mesmo teatro municipal.
Vale ainda a pena descobrir o documentário português “A Vida Dura Muito Pouco”, realizado por Dinis Leal Machado, sobre o cantor popular José Pinhal, de Matosinhos — um músico perdido no tempo mas que ganhou uma nova força, para uma nova geração de fãs, quando duas cassetes desconhecidas com a sua música foram descobertas num antigo estúdio.
A partir daí, as suas canções começaram a ser passadas em festas e a difundir-se online. Vai poder assistir a este filme a 24 de novembro, às 20h15, no Passos Manuel.
Outro que merece destaque é “White Riot”, de Rubika Shah. “Grã-Bretanha, finais dos anos 70. O punk está a explodir. O país está dividido em relação à imigração e a Frente Nacional, partido fascista, ganha força. Indignado com um discurso racista de Eric Clapton, o fotógrafo Red Saunders escreve uma carta à imprensa musical, apelando a que o rock seja uma força contra o racismo. NME, Melody Maker e Sounds: todos publicam a carta”, pode ler-se na sinopse. Para ver no Passos Manuel a 26 de novembro, a partir das 20h15.
Os bilhetes para cada sessão custam 5€, sendo que os estudantes só pagam 2€, e os maiores de 65 anos pagam 3,50€. O passe geral custa 50€, mas há vários descontos. No serviço de aluguer online, as curtas-metragens custam 1€, enquanto as longas ficam por 2,50€. O passe digital está disponível por 12€.
Consulte todas as condições e os locais indicados para comprar as entradas no site do Porto/Post/Doc, onde também pode encontrar a programação completa.