“Tempo, memória e resistência”. Assim se intitula o ciclo de cinema ao ar livre organizado pelo festival Porto/Post/Doc, que começa este mês na cidade do Porto, mais concretamente no Museu de História Natural da Universidade do Porto. A iniciativa é em parceria com a Casa Comum.
O ciclo vai decorrer até novembro, com uma pausa nos meses de julho e agosto. A mostra cinematográfica integra títulos que propõem novas visões, críticas e poéticas, sobre temas que marcaram a vida social e política do século XX. Os primeiro filmes serão exibidos a 28, 29 e 30 de junho.
O primeiro projeto é uma obra de Patricio Guzmán. “Nostalgia da Luz” é um documentário que acompanha mães de operários, mineiros, índios e presos políticos desaparecidos e torturados durante o regime de Pinochet. No dia 29 o documentário vem da Macedónia e foi até nomeado aos Óscares. “Honeyland – A Terra do Mel“, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov, acompanha Hatidze Muratova, uma das últimas apicultoras tradicionais da Europa, que, para garantir o sustento das colmeias, apenas retira metade do mel que lá encontra. No entanto, o ecossistema começa a ser ameaçado quando uma família para ali se muda.
O filme escolhido para o último dia do mês é “Feliz Como Lázaro“, de Alice Rohrwacher, que acompanha Lázaro, um jovem simples e trabalhador, cuja brandura e inocência faz com que as outras pessoas se aproveitem dele. Em 2018 recebeu o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cinema de Cannes.
Ainda não sabemos a programação para o resto do ciclo, mas a organização promete que será anunciada em breve. Sabemos, no entanto, que serão exibidos dez filmes de cineastas com perspetivas diferentes quanto à vida social e política do século passado. As sessões de junho têm início às 21h30 e as entradas são gratuitas.