Mais um ano, mais um protesto em Cannes. Tudo aconteceu pouco antes da estreia do filme “Acide”, este domingo, 21 de maio, que foi palco de um incidente ainda na passadeira vermelha.
Uma mulher desfilou pelo festival num vestido azul e amarelo, que replica as cores da bandeira ucraniana. Já nas escadas, entre atores e convidados, puxou de um pequeno saco que tinha escondido dentro do decote.
Com o saco de sangue falso nas mãos, despejou-o por cima de si própria, num gesto de protesto sobre os quais não se sabem mais detalhes. Nem o motivo da escolha da estreia de “Acide” do francês Just Philippot para o levar a acabo, nem se se tratou de uma condenação da invasão russa.
Na edição de 2022 do Festival Internacional de Cannes, ocorreu um protesto semelhante: uma mulher invadiu a passadeira vermelha onde se despiu.
No corpo tinha pintada a bandeira ucraniana e escrito a frase: “parem de nos violar”. Nas costas, outra palavra: “escumalha”.
No arranque do festival, o seu responsável máximo Thierry Frémaux explicou que o evento se mantinha solidário com a causa ucraniana. Também por isso se apresentou com um pin da bandeira ucraniana na lapela. “O cinema não se pode manter em silêncio”, disse.
O festival anunciou em 2022 uma proibição a delegações e produtoras russas ligadas ao governo de Putin. A proibição manteve-se na edição deste ano.
Une femme vêtue d’une robe aux couleurs du drapeau de l’Ukraine a fait irruption dimanche sur le tapis rouge du Festival de Cannes pour s’y recouvrir de faux sang⤵️ pic.twitter.com/FvnZHseQoC
— LN24 (@LesNews24) May 22, 2023